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Cigarro eletrônico pode causar convulsão e morte, alerta pneumologista
A equipe de reportagem do Site Miséria entrevistou a pneumologista e pediatra Kaline Crisht
Yanne Vieira
Foto: Lindsay Fox/ Pixabay

Recentemente os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), mais conhecidos como cigarro eletrônico ou vape, tem se tornado uma febre entre jovens e adolescentes. De acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em julho deste ano, esses aparelhos e produtos similares são perigosos para a saúde e devem ser regulamentados.

A equipe de reportagem do Site Miséria, entrevistou a médica pneumologista Kaline Cristh sobre o uso do cigarro eletrônico, “eles possuem uma variedade de substâncias químicas que são aquecidas e quando o fumante traga essa mistura que é feita principalmente de álcool e aldeídos junto com a nicotina, que também tem estudos revelando que ela é muito mais vezes viciante do que a nicotina comum encontrada no cigarro”, afirma.

Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a venda desses aparelhos e substâncias para inalação. No Ceará, o Governador Camilo Santana sancionou em novembro deste ano, a proibição do uso de cigarros eletrônicos em ambientes públicos e privados.

Sobre a proibição das vendas desses aparelhos, Kaline afirma que “é mais risco ainda porque você não tem certeza de que tipo de substância tem ali”. O Instituto Nacional de Câncer (INCA), afirma que esse tipo de dispositivo não é seguro e possui outras substâncias tóxicas além da nicotina.

A pneumologista afirma que nos Estados Unidos, onde o aparelho é liberado para uso, existem “vários casos de jovens que desenvolveram distúrbios respiratórios gravíssimos chegando inclusive a óbito”, associados ao uso dos cigarros eletrônicos.

“Esse vapor que pode chegar de 300º a 400º Celsius, pode atingir o epitélio pulmonar e vai trazer danos imensos, inclusive pneumonia lipóides” e “a inalação desses componentes pode gerar quadros de asma severos”, afirma Kaline. O uso prolongado desse equipamento, pode resultar na diminuição da função pulmonar, aumentar o risco de eventos cardiovasculares, crise anginosa, danos imunológicos e “incidência de convulsão entre os adolescentes usuários”, alerta a pneumologista.

“Trocar o cigarro pelo dispositivo eletrônico não há vantagem nenhuma, a vantagem mesmo é você não fumar”

Um estudo realizado pelas Universidades de Nova York e Johns Hopkins, nos Estados Unidos da América, analisou os efeitos da nicotina dos cigarros eletrônicos em homens entre 20 e 65 anos. O estudo revelou que os participantes que utilizam o dispositivo de nicotina diariamente, têm cerca de duas vezes mais chances de desenvolver um problema cardiovascular, se comparado com quem nunca utilizou o aparelho.

 

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