Na época da inauguração da estátua de bronze Juazeiro tinha apenas 14 anos de emancipação política (Reprodução)
O Site Miséria mergulha no túnel do tempo e lembra, neste sábado, exatos 95 anos de inauguração da estátua em bronze do Padre Cícero na principal praça de Juazeiro do Norte. Na época era batizada como Praça da Liberdade numa alusão ao fato de ter sido o palco do grito de independência quando os moradores da localidade pugnavam pela emancipação política do vilarejo.
A solenidade aconteceu no dia 11 de janeiro de 1925 em cuja época o município de Juazeiro tinha apenas 14 anos da sua criação. Esse evento culminou ainda com a mudança de nome do logradouro que foi rebatizado como Almirante Alexandrino o qual era Ministro da Marinha. Ele deu o tom festivo à solenidade trazendo a Juazeiro 80 alunos da Escola de Aprendizes Marinheiros.
O Almirante Alexandrino Faria de Alencar era carioca do Rio Pardo, onde nasceu no dia 12 de outubro de 1848 e faleceu cerca de um ano após a homenagem em Juazeiro. Ele tinha sido Ministro da Marinha nos governos dos presidentes Afonso Pena, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Venceslau Brás e Artur Bernardes quando ativou a reforma geral da Armada do Brasil. Além disso foi senador durante a República Velha.
Entretanto, ele perdeu essa homenagem em Juazeiro no dia 17 de outubro de 1963 época em que o prefeito da cidade era o Capitão Humberto Bezerra. Naquela data, o gestor público sancionou a Lei mudando o nome de Praça Almirante Alexandrino para Padre Cícero. Na época da inauguração da estátua do sacerdote não existia sequer a Coluna da Hora, cuja pedra fundamental foi lançada no dia 6 de setembro de 1935 pelo então prefeito Francisco Nery Morato. Hoje a praça é um dos cartões postais da cidade.