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Vacina da dengue pode chegar ao SUS; consulta pública está aberta até próxima segunda, 18
Foi constatado que a vacina é eficaz na redução das hospitalizações por dengue em 84% dos casos.
Raiana Lucas
Foto: Fernando Frazão

Ainda este ano, a Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) planeja decidir sobre a inclusão da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), a Qdenga. Segundo Leandro Pinheiro Safatle, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, é esperado que a comissão convoque uma reunião extraordinária até o final de dezembro para decidir sobre o assunto.

Na quinta-feira (7), o ministério iniciou uma consulta pública sobre a questão, que ficará aberta até a próxima segunda-feira (18). Considerando o cenário epidemiológico, a Conitec já sugeriu a incorporação da vacina inicialmente para áreas e grupos prioritários, que serão determinados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Essa decisão deve considerar as regiões com maior incidência da doença e as faixas etárias com maior risco de complicações.

O secretário destacou a rapidez do processo no Ministério da Saúde,ressaltando que isso faz parte da estratégia de buscar tecnologias que possam enfrentar desafios de saúde como a dengue. Ele afirmou que o processo regulatório é rápido, considerando que a consulta pública será concluída em 10 dias, permitindo uma decisão rápida.

A recomendação da comissão para a incorporação da vacina está sujeita a uma proposta de redução de preço pelo fabricante. Apesar do desconto inicial, o preço por dose, de R$ 170, ainda é considerado alto pelo governo federal. Em nota, o ministério disse que esse preço é o dobro do das vacinas mais caras atualmente incluídas no programa.

A empresa japonesa Takeda Pharma é a fabricante da Qdenga. Foi constatado que a vacina é eficaz na redução das hospitalizações por dengue em 84% dos casos.

Para propor uma estratégia nacional, o Ministério da Saúde perguntou ao laboratório quantas doses poderiam ser fornecidas ao SUS. O laboratório informou que poderia fornecer 8,5 milhões de doses no primeiro ano e um total de 50 milhões de doses em 5 anos. Isso coloca limitações ao público que pode ser imunizado.

 

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