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O deputado federal Gustavo Gayer (PL) foi condenado pela 7ª Vara do Trabalho de Goiânia a pagar R$ 80 mil por danos morais, em decorrência da acusação feita pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por assédio eleitoral em âmbito trabalhista durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Segundo o MPT, o parlamentar participou de reuniões com funcionários de diversas empresas, a fim de promover “propaganda eleitoral irregular” para o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro. Em um dos casos, Gayer fez campanha para o ex-presidente do PL, que perdeu a eleição para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma padaria de Goiânia, a pedido do proprietário.
“A prova documental, apresentada pelo MPT, deixa clara a prática de assédio moral eleitoral no ambiente de trabalho, perpetrada pelo requerido contra trabalhadores de diversas sociedades empresárias sediadas nesta capital, coagindo-os moralmente a votarem em um candidato específico como meio de manutenção e criação dos empregos, caso referido candidato fosse reeleito“, escreveu o juiz Celismar Coelho de Figueiredo, da Justiça do Trabalho de Goiânia, responsável pela sentença de pagamento da indenização.
Em 2022, procuradores receberam uma denúncia anônima e entraram com uma liminar na Justiça do tralho para impedir novas reuniões durante o período das eleições, tendo o pedido da suspensão aceito.
Por meio de vídeo divulgado nas redes sociais, Gayer negou a acusação e disse que foi convidado para explicar o “plano de governo dos candidatos“, e não pediu votos para o ex-presidente Bolsonaro.
“Eu levei [ao processo] várias testemunhas, funcionários e ex-funcionários das empresas. Todas dizendo que eu não coagi, que eu não pedi voto e que nenhuma delas foi obrigadas a estarem ali“, disse.