O atacante Silvio Romero é a principal aposta do Rojo para se classificar na Sul-Americana Foto: Divulgação / Independiente
A delegação do Independiente aterrissou em Fortaleza à 1h da madrugada desta quarta-feira (26), em uma viagem mais longa do que o previsto. Os 23 atletas do time embarcaram de Buenos Aires às 14h desta terça-feira (25) para a capital cearense, palco do duelo com o Fortaleza, na quinta-feira (27), às 21h30, na Arena Castelão, pela Copa Sul-Americana. A previsão inicial de chegada era 20h50, em voo fretado, mas um atraso atrapalhou os planos do ‘Rei de Copas’ e do técnico argentino Lucas Pusineri.
A reportagem apurou que a viagem foi interrompida duas vezes – apenas uma escala estava no cronograma. Primeiro, a aeronave parou em Campinas, São Paulo, para abastecer. O avião decolou e necessitou de nova aterrissagem, desta vez em Salvador, na Bahia.
Um representante da Conmebol que aguardava o Rojo no Aeroporto de Fortaleza informou que as condições climáticas atrasaram a terceira decolagem. Já a diretoria do time cearense, que manteve contato com a delegação argentina, comunicou que se tratava apenas de uma intercorrência, sem maiores complicações.
O desafio do Rojo agora é se desligar do atraso, do ambiente de salários atrasados, da saída de jogadores e focar na vantagem do regulamento: o placar de 1 a 0 em Avellaneda o classifica com um empate ou revés por um gol de diferença, caso o time marque um tento – o mesmo placar em prol do Fortaleza leva o jogo aos pênaltis.
Assim, o técnico Lucas Pusineri viajou com força máxima para a Capital. Nos 23 relacionados, até o zagueiro Alan Franco, que não participou dos treinos, na última semana, por negociar uma transferência para o Los Angeles Galaxy, foi convocado. O elo de confiança é o mesmo com o lateral uruguaio Gastón Silva, desfalque na primeira partida por lesão e agora reintegrado. A expectativa é que o time entre em campo no 4-4-2, favorecendo a defesa e apostando na mobilidade do atacante Silvio Romero, principal arma ofensiva. Capitão do elenco, o artilheiro do Campeonato Argentino, com 11 gols, cobrou mais apoio da torcida, que tem protestado nos duelos disputados em casa.
“Prefiro que eles incentivem ou que não haja vaia ou insultos para meus companheiros, mas é uma situação em que nós mesmos entramos e precisamos sair disso. O ideal é que as pessoas nos incentivem, porque é uma situação que não é boa para ninguém”, desabafou em entrevista ao jornal argentino Olé.
A crise se instaurou por conta do rendimento no torneio local. Apesar do investimento, o Independiente venceu apenas uma das nove partidas anteriores do campeonato local. A sequência de resultados tirou qualquer chance de o clube se classificar para Sula ou Libertadores de 2021.
Diário do Nordeste