Foto: Divulgação/MPCE
Operação deflagrada nesta quinta-feira, 21, pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), investiga suposto desvio e lavagem de dinheiro por parte de empresas responsáveis pelo fornecimento de alimentos a escolas, hospitais e presídios do Estado.
A operação, batizada como “Cibus”, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão nas residências dos empresários e de um policial penal, além das sedes das empresas.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), os mandados judiciais foram cumpridos, de forma simultânea, em endereços situados nos municípios de Fortaleza, Eusébio e Crato, mediante ação conjunta de equipes da Polícia Civil e do Ministério Público.
Os materiais apreendidos servirão para instruir o procedimento investigatório criminal em curso no âmbito ministerial. Conforme o MPCE, duas empresas de um mesmo grupo familiar, contratadas por meio de licitações pelo Governo do Estado e por prefeituras do Ceará, forneciam insumos inferiores aos que foram contratados e alimentos estragados, como pães mofados e frutas com larvas.
Conforme o MPCE, havia uma alternância sucessiva das duas empresas, pertencentes ao mesmo grupo familiar, em licitações de gêneros alimentícios. De 2010 a 2020, as empresas firmaram mais de 100 contratos com o Estado, superando R$ 1 bilhão. A suspeita da operação é que parte desses valores passaram a ser desviados a partir de 2018.