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A assembleia do Sindicato dos Servidores Públicos das Secretarias de Educação dos Municípios do Ceará (Apeoc) desta quinta-feira (4), em Fortaleza, culminou em uma manifestação. A motivação teria sido em vista da discordância entre docentes e diretores da Apeoc sobre a votação para a deliberação da greve.
Em imagens que circulam nas redes sociais, é possível observar cadeiras sendo arremessadas próximo ao palco do Ginásio Aécio de Borba, local da assembleia, após a diretoria do Sindicato não acatar o pedido de estabelecimento da greve solicitado pelos docentes que reivindicam seus direitos.
Conforme informações divulgadas pelo Diário do Nordeste, recebidas de um professor estadual que preferiu não se identificar, a equipe de segurança teria agido com truculência em resposta a manifestação dos professores. A classe docente havia realizando coro pedindo “votação” da paralisão da categoria, baseando-se que a convocatória foi divulgada nas redes sociais da Apeoc prometendo colocar em pauta a “avaliação da proposta e deliberação sobre greve“.
Na ocasião, a professora Rebeca Veloso alega ter sido empurrada por um segurança no momento que tentava subir ao palco onde estavam dirigentes do Sindicato. A profissional da educação registrou boletim de ocorrência e realizou corpo de delito.
O Diário do Nordeste divulgou parte do documento. Nele, a professora diz ter sido “vítima de agressão por parte de um segurança da direção do sindicato”. Além disso, Rebeca relata que quando se dirigiu ao palco para falar com o presidente do Sindicato, o homem “usou da força para retirá-la do local”.
Em nota, a Apeoc chamou os manifestantes de criminosos. “Nos momentos finais da Assembleia, os criminosos arremessaram diversas cadeiras e jogaram vários objetos contra as cabeças dos membros de nossa direção e demais pessoas, que estavam de costas se dirigindo à saída do Ginásio Aécio de Borba. As cenas lamentáveis e inadmissíveis de selvageria, que circulam nas redes sociais envergonham a nobre profissão que exercemos e maculam a imagem da categoria dos profissionais do magistério perante a sociedade”, diz trecho da nota da entidade.
Deliberações
Deliberações ainda foram realizadas, nas quais incluem 36 encontros estaduais, a fim de dialogar sobre as propostas da mesa de negociação com o governo estadual junto à categoria. Assim, estão previstas paralisações locais entre os dias 15 e 19 de abril. A executiva da entidade aprovou as medidas na quarta-feira (3).
Confira os aumentos previstos:
- 5,62% para os aposentados;
- 7,3% para os profissionais contratados por tempo determinado;
- 5,62% para os efetivos em estágio probatório;
- 10% a 15% para os efetivos estáveis;
- 12% a 17% para os professores com doutorado.