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Novas temporais podem atingir o Rio Grande do Sul ao longo da próxima semana
As chuvas podem ser de até 150 milímetros, segundo ministro especial para reconstrução do estado, Paulo Pimenta.
Paulo Junior
Foto: Carlos Fabal

Designado como ministro especial do governo federal para a reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta (PT), fez alertas sobre novas chuvas no estado ao longo da semana que vem. De acordo com o político, há chances de chuvas entre 100 e 150 milímetros em algumas partes do território gaúcho até a próxima quinta-feira (23). Segundo Pimenta, as áreas mais críticas estão na porção Noroeste do estado e na região metropolitana de Porto Alegre.

O ministro alertou que é necessário ampliar a atenção, já que como a maioria das cidades ainda está com parte de seus territórios alagadas, novos temporais terão impacto considerável para este momento. Paulo Pimenta também lembrou que grande número dos municípios da região metropolitana da capital tem a proteção de diques e bombas de drenagem, todas construídas com base nas enchentes de 1941, e que as águas deste momento superaram o que foi visto pelo estado naquela época.

“Ao longo do tempo, esses diques e casas de bomba passaram a ser de responsabilidade dos municípios. O que ocorreu nessa enchente? Primeiro, a cota para a qual esses diques foram construídos foi a da enchente de 1941. Como tivemos, em algumas regiões, uma inundação superior a 70% a mais do que em 1941, tivemos algumas situações em que a água passou por cima do dique. Tivemos outras situações em que houve rompimentos de dique e tivemos também uma capacidade de resposta do sistema de bombas que foi insuficiente”, comentou Pimenta durante entrevista coletiva.

Há uma série de esforços em andamento para garantir a drenagem das águas. A Sabesp, companhia de abastecimento de São Paulo, está enviado ao Rio Grande do Sul 18 bombas que atuarão neste processo. O estado do Ceará encaminhou oito, e uma foi que estava na transposição do Rio São Francisco foi redirecionada para o sul.

As inundações que se abatem sobre o território gaúcho desde o começo do mês são as maiores já vistas na história do estado. Até o momento são 155 mortes confirmadas, além 94 pessoas que seguem desaparecidas. A quantidade de cidades atingidas subiu para 461, o que corresponde a mais de 80% dos municípios gaúchos.

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