Foto: Guto Vital
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente na população masculina, atrás apenas dos tumores de pele. O Portal Miséria foi até o Hospital Maternidade São Vicente de Paulo, em Barbalha, e conversou com o urologista Thiago Coutinho sobre o assunto.
De acordo com o profissional, para o triênio 2023-2025, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima cerca de 72 mil novos casos por ano, um aumento em relação ao último triênio 2020-2023 que ficou com 65 mil casos. Para Thiago Coutinho, o preconceito ainda é uma barreira para o diagnostico da doença.
“Ainda existe um certo preconceito do homem em procurar os equipamentos de saúde para se cuidar, fazer a prevenção, por exemplo. Isso vem diminuindo, mas ainda é um tabu para alguns“, disse o urologista.
É fundamental que os homens tenham acompanhamento médico de rotina ao longo da vida para prevenção. Homens que apresentam alguma alteração suspeita, como dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite e sangue na urina, devem procurar uma unidade de saúde.
Segundo o médico, a investigação do câncer de próstata se dá pelo exame de toque retal e pelo exame Antígeno Prostático Específico, o PSA. “Orientamos a realização de exames periódicos a partir dos 50 anos. Porém, caso o paciente esteja incluído nos fatores de risco, esse rastreio precisa ser realizado a partir dos 45 anos“, afirmou.
Ainda segundo o profissional, mudanças de hábitos podem ajudar a reduzir os fatores de risco, como controle do tabaco, prevenção ao uso do álcool, prática de atividade física, alimentação saudável, combate ao sedentarismo e à obesidade.