Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
O Grupo de Trabalho e Emprego do G20 Brasil, liderado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), terá sua última etapa executava entre os dias 23 e 26 de julho, em Fortaleza. O GT irá produzir uma declaração dos ministros do Trabalho, que será somada aos documentos semelhantes dos outros GT na cúpula de chefes de estado, com previsão para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
Participarão do evento representantes dos trabalhadores, empresários, poder público e organismos multilaterais como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), além do ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
O GT terá como pautas prioritárias:
- Criação de empregos de qualidade e promoção do trabalho decente para garantir a inclusão social e eliminar a pobreza;
- Promoção de uma transição justa no processo de transformações digitais e energéticas;
- Uso de tecnologias como caminho para a melhoria da qualidade de vida de todos;
- Igualdade de gênero e promoção da diversidade no mundo do trabalho.
Em coletiva de imprensa, na última sexta-feira (19), o ministro Luiz Marinho disse que há dificuldade em chegar a um consenso entre os países do G20 para implementação de medidas concretas na área de trabalho e emprego, no entanto, a presidência do grupo está trabalhando a fim de que a declaração final não seja somente mais um conjunto de frases vagas e sem efeitos práticos.
“Há um grande interesse dos países em relação à nossa lei recentemente aprovada [Lei 14.611/2023], que está em fase de implementação, de igualdade salarial entre mulheres e homens que exercem a mesma função. Espero que esse seja um dos pontos da declaração que os países trabalhem para implementar”, disse o ministro. “O que não tem consenso, deixamos de lado. E trabalhamos entendimentos que apontem para o futuro. Acho que esse é o objetivo que o G20 procura”, disse.
Outra medida que deve sair do GT é a criação de um repositório de políticas públicas no ramo de trabalho e emprego, que deve ficar hospedado no portal da OIT, a fim de reunir exemplos de políticas que os países compartilharão entre si.
Vale lembrar que o G20 é formado por países que representam cerca de 80% do produto bruto mundial, 75% do comércio internacional, dois terços da população global e 60% da área terrestre do planeta. São eles: União Europeia, União Africana, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.