Foto: Guto Vital/ Portal Miséria
As obras dos lotes 03 e 04 do Cinturão das Águas do Ceará (CAC) têm preocupado moradores localidade rural Baixio do Muquém, em Crato. A principal queixa dos moradores é o impacto ambiental causado pela obra, sobretudo em nascentes e córregos.
De acordo com o líder comunitário Assis Nicolau, algumas das nascentes já foram engolidas pela construção do canal. Nesta segunda-feira (12), no canteiro de obras, ele fez um novo apelo cobrando medidas para preservar essas fontes de água.
“Eram várias nascentes que a gente tinha aqui [no canteiro de obras]. Só água mineral. Era onde abastecia a comunidade do distrito”, disse Nicolau em entrevista à TV Miséria.
Outra preocupação é o possível soterramento do Olho D’Água do Muquém, principal nascente da localidade. “Provavelmente a obra vai aterrar. A gente tem essa tristeza de perder esse patrimônio histórico da comunidade”, lamentou.
Ainda de acordo com Nicolau, as audiências com representantes do Estado se resumiram às desapropriações, sem a discussão sobre os impactos ambientais. “Espero que eles entendam que a gente tem essa preocupação de preservar, principalmente as nascentes”, acrescentou.
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