O Ministério Público do Ceará instaurou um procedimento administrativo para investigar a causa do incêndio que tomou a Chapada do Araripe nas últimas horas. O órgão deu prazo de dez dias para que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) apresente relatório sobre a extensão total do dano. No período, o Corpo de Bombeiros e a Brigada de Incêndio do Crato também devem informar as ações de contenção realizadas.

Ainda na  terça-feira (29), em reunião com os agentes públicos, o Ministério Público cobrou que os órgãos atuem de forma conjunta para combater queimadas na cidade. “Durante o segundo semestre do ano sempre aumenta a nossa preocupação com os incêndios e as queimadas, que costumam se agravar diante das mudanças climáticas, que deixam o tempo cada vez mais seco e árido. A Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe é uma das que mais sofrem com as queimadas, muitas vezes realizadas para o desmatamento ilegal”, afirmou o promotor de Justiça Thiago Marques. 

No documento, é solicitado, também, que a Polícia Civil abra, de imediato, inquérito policial para investigar se o incêndio foi criminoso. Até o momento, o fogo que alastrou a Chapada do Araripe consumiu uma área equivalente a 140 campos de futebol.