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Julgado em Juazeiro quarteto que matou chefe do tráfico de drogas após dois dias de júri
Uma sessão do Tribunal do Júri em Juazeiro durou dois dias quando quatro pessoas acusadas de homicídio qualificado foram julgadas
Demontier Tenório
Francisco Ernando, Maciel, Doriva e Eder respondem vários procedimentos criminais (Foto: Reprodução)

Uma sessão do Tribunal do Júri em Juazeiro durou dois dias quando quatro pessoas acusadas de homicídio qualificado foram julgadas. Eder Soares Bezerra, de 35, e Luiz Deurisvan da Silva, de 48, o “Doriva”, foram condenados a 24 anos e seis meses, enquanto para José Maciel Diniz Neto, de 43, a condenação foi de 22 anos e Francisco Ernando da Silva, de 28 anos, 18 anos de cadeia. Dois já estão na Penitenciária do Cariri, um em presídio de Itaitinga e “Doriva” é foragido.

Na manhã do dia 5 de janeiro de 2020, em frente a um estabelecimento comercial no bairro Semeão Machado em Solonópole, mataram a tiros Karl Márcio Diógenes que era apontado como chefe do tráfico de drogas no município. A sessão foi presidida pelo juiz titular da 1ª Vara Criminal de Juazeiro, Ramon Aranha da Cruz, que não reconheceu para os réus recorrerem em liberdade. Um deles passou a ser considerado foragido da justiça.

De acordo com os autos, Kal Márcio pilotava uma moto na direção de um supermercado com a ex-sogra e uma criança, quando foi abordado por duas pessoas que o mataram. O crime estaria relacionado à disputas por territórios de drogas em Solonópole. Na denúncia do Ministério Público, Francisco Ernando era o condutor da moto que levava o atirador. Após o crime, ambos adentraram um carro dirigido por José Maciel Diniz.

Em meio a investigações foi descoberta a participação de Eder Soares, primo da vítima, apontado como o mandante, e de Doriva, suspeito de prestar suporte intelectual para o crime. Kal Márcio comandava a venda de drogas em Solonópole com a ajuda do primo. Após a vítima ser presa, em 2016, Eder e um comparsa morto noutro episódio, assumiram os “negócios”. Quando Kal Márcio deixou a prisão, em 2019, passou a discordar do “sócio” na intenção de retomar o controle perdido.

Por isso, o primo e comparsa planejaram o assassinato. Na sessão em Juazeiro, o juiz Ramon Aranha, considerou Eder culpado de premeditar e planejar a morte do primo recebendo uma condenação maior. Ernando conduzia a moto levando o atirador, José Maciel deu apoio logístico à fuga e Doriva – julgado à revelia por estar foragido – contratou os executores. Devido a grande repercussão social e local do caso, o julgamento dos acusados foi desaforado para Juazeiro e os três réus presos participaram por meio de videoconferência.

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