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Ceará tem 48 crianças órfãs da Covid-19
A falta de dados oficiais dificulta o desenvolvimento de políticas públicas adequadas para o amparo.
Rute Oliveira
Mais de 6.000 crianças e adolescentes morreram de forma violenta no país em 2020
Foto: Pixabay/Reprodução

Um levantamento realizado pelo Ministério Público do Estado do Ceará contabilizou a quantidade de crianças e adolescentes possivelmente órfãos da Covid-19 no estado. A pesquisa identificou 48 jovens nesse perfil por meio de um formulário eletrônico disponibilizado para profissionais que trabalham na proteção de crianças e adolescentes, além do público em geral.

De acordo com o Ministério Público, as informações foram enviadas à Secretaria de Proteção Social do Ceará, para que os órfãos identificados possam ser incluídos no Programa Ceará Acolhe. O programa visa oferecer proteção social às crianças e adolescentes que perderam pai, mãe ou ambos em decorrência da Covid-19. O projeto prevê, entre outras ações, o pagamento de um auxílio financeiro mensal aos beneficiários até que completem 18 anos.

Além de mapear esses casos, o levantamento buscou chamar a atenção para a ausência de um registro oficial sobre a orfandade decorrente da pandemia, uma questão que vai além da perda familiar, abrangendo também impactos psicológicos, econômicos e sociais.

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