Foto: Sérgio Lima/Poder360
Segundo relatório emitido pela Polícia Federal nesta quinta-feira (21), existem indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morais.
A investigação revelou ainda a existência de uma organização criminosa envolvida no planejamento de assassinatos. A PF apura também a possível articulação de um grupo de bolsonaristas com o objetivo de dar um golpe de Estado para impedir a posse de Lula em 2023.
Sobre o plano
O plano, denominado “Punhal verde e amarelo”, foi elaborado em reuniões na casa do general Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro, e através de mensagens em aplicativo de conversas. De acordo com o relatório, o principal articulador do plano seria o general Mário Fernandes, então “número 2” na Secretaria-Geral da Presidência.
Na última terça-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe que resultou na prisão de quatro militares do Exército no Rio de Janeiro: Hélio Ferreira de Lima, Mário Fernandes, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além de um agente da Polícia Federal.
O relatório final da investigação, que tem mais de 800 páginas, foi entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), após quase dois anos de apurações que incluíram a quebra de sigilos e outras diligências. Ao todo, 37 pessoas foram citadas no inquérito, incluindo Bolsonaro e os generais Augusto Heleno e Braga Netto.