Seu Lunga morreu há exatos 10 anos (Foto: Reprodução)
Como forma de homenagem póstuma, o Portal Miséria lembra exatos 10 anos da morte do comerciante Joaquim dos Santos Rodrigues, que transcorre nesta sexta-feira. Dito pelo nome, talvez poucos conheçam, mas citando o apelido “Seu Lunga”, a história é diferente. Recentemente, ganhou uma estátua de bronze em sua homenagem na frente da casa, onde residiu muito tempo na Rua da Conceição. Ele nasceu em Caririaçu no dia 18 de agosto de 1927 e faleceu aos 87 anos no dia 22 de novembro de 2014.
O mesmo se tornou conhecido no Brasil inteiro e vários lugares até do exterior por conta de histórias e estórias a ele atribuídas em virtude da sua forte personalidade. Mas sempre dizia ser um homem que, na verdade, não tolerava perguntas bestas e desnecessárias do tipo chegar na sua sucataria que funcionava na Rua Santa Luzia e perguntar se objeto tal é para vender. “O único lugar que tem coisas expostas e que não estão à venda é museu e aqui é um comércio”, respondia.
Além disso, era poeta e costumava fazer saudações póstumas nas ocasiões de sepultamentos de familiares ou amigos próximos. Certa vez, ou mais precisamente em 1988, tentou uma vaga para vereador em Juazeiro, mas passou longe. Nos comícios, todos queriam ouvi-lo e o aplaudiam bastante. Entretanto, essa popularidade não se traduziu em votos e ainda foi processado. Numa entrevista ao Jornal O Povo disse ter distribuído muitas sandálias e os eleitores não retribuíram com o voto.
Diante da afirmação, o então juiz eleitoral de Juazeiro e saudoso desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará, Suenon Bastos Mota, mandou chamá-lo ao fórum. Na presença do magistrado, Seu Lunga não se fez de rogado: “Doutor o meu advogado aqui está pedindo pra eu negar e não sou homem de mentira. Distribui mesmo as sandálias que Severino Duarte me deu”. O juiz apenas sorriu e o dispensou por conta da sinceridade.
Seu Lunga foi casado com a sua própria prima Carmelita Rodrigues Camilo que morreu no último dia 28 de fevereiro aos 94 anos. O casal teve 13 filhos estando vivas apenas nove mulheres: Socorro, Fátima, Esmeralda, Maria Helena, Vera Lúcia, Lucimar, Zeneide, Zuleide e Lucélia. Já faleceram os homens Gilberto, Plácido e José Rodrigues, além de uma das mulheres a professora Marileide.