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A farmacêutica Maria da Penha, ativista dos direitos humanos e das mulheres, vem sofrendo uma série de ameaças e ataques nas redes sociais. O principal suspeito do crime é o diretor-presidente do Instituto de Defesa dos Direitos do Homem, Alexandre Paiva.
Após o Ministério Público do Ceará (MPCE) deflagrar a operação “Echo Chamber”, o suspeito usou suas redes sociais para se manifestar sobre o caso, no qual se diz vítima de denúncia caluniosa. Alexandre, que diz “alertar sobre o mau uso da Lei Maria da Penha”.
Segundo o MPCE, no primeiro semestre de 2024, Maria da Penha passou a sofrer uma série de ataques de membros de comunidades digitais que disseminam o ódio às mulheres. Ao tomar conhecimento das ameaças, o órgão acionou o Núcleo de Investigação Criminal, para iniciar a apuração dos fatos, e o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência, que encaminhou Maria da Penha ao Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos.
Segundo o MP, além das ameaças virtuais, Alexandre, foi a antiga residência da vítima. “Os riscos potenciais não se limitaram às redes sociais. Observou-se o deslocamento do principal investigado à antiga residência de Maria da Penha, no bairro Papicu, em Fortaleza, local em que a tentativa de homicídio contra ela ocorreu, em 1983”. Diz o texto.
Alexandre também responde a um processo que corre em segredo de Justiça no qual, segundo ele, engloba medida protetiva que o mantém afastado das duas filhas,“estou há cinco anos afastado das minhas duas filhas”.
O nome da operação, “Echo Chamber” ou Câmara de Eco, refere-se a um termo usado para descrever um ambiente em que as pessoas são expostas a informações ou ideias que reforçam suas próprias crenças, sem entrarem em contato com opiniões divergentes.