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Vigilantes que espancaram homem no Juazeiro são denunciados por agressão, ameaça e injúria racial
Dois vigilantes da Empresa Cariri Monitoramento foram denunciados pela 12ª Promotoria de Justiça de Juazeiro
Demontier Tenório
Paulo Luiz e Emerson foram denunciados pelo Ministério Público (Foto: Reprodução)

Dois vigilantes foram denunciados pela 12ª Promotoria de Justiça de Juazeiro nesta quarta-feira. Paulo Luiz da Silva e Emerson Leandro Leite vão responder por agressão física e moral, injúria e ameaça contra um homem de inicias J. P. S. N espancado na madrugada do dia 17 de outubro numa praça no bairro Socorro em Juazeiro.

Segundo a denúncia do Ministério Público, os seguranças ordenaram a vítima a ficar de joelhos e começaram a agredi-la com socos, tapas, puxões de cabelo, palavras de baixo calão e ameaças de que cortariam o cabelo do rapaz com uma faca. Além disso, as imagens de um vídeo divulgado nas redes sociais mostram que a vítima foi coagida pelos vigilantes determinando que não mais frequentasse a praça fora de horário.

No depoimento que prestou, a vítima informou que era a segunda vez das coações e agressões por parte dos acusados. De acordo com os autos, os seguranças confessaram os fatos afirmando não lembrar o motivo da abordagem. Para a promotoria de justiça de Juazeiro, o constrangimento à vítima por meio de coação física e moral, além de ameaças, é considerada crime de injúria qualificada em virtude da violência atrelada à aparência física da vítima, que possui cabelos tipo “rastafari” e pele negra.

Por isso, o Ministério Público requer a devida reparação dos danos materiais e morais causados à vítima e que os denunciados sejam condenados ao pagamento de indenização no valor de, no mínimo, 20 salários-mínimos. Pede ainda que os seguranças sejam proibidos de frequentarem o local do crime, de manterem contato com a vítima e a de se ausentarem da comarca de Juazeiro. Também, que os acusados se recolham no período da noite e dias de folga como medidas cautelares sob pena de serem presos.

Na época e após a repercussão do vídeo nas redes sociais, a empresa Cariri Monitoramento informou ter afastado os agentes das atividades. Em nota, a empresa disse que estava adotando todas as providências necessárias para apurar as circunstâncias do ocorrido. “Já mantivemos contato com os familiares da vítima e nos disponibilizamos a cooperar com as investigações”, disse o comunicado.

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