Atletas abrirão mão de 10%, entre salário na CLT e imagem, do pagamento do mês de março - Foto: Thiago Gadelha / SVM
O Ceará alcançou um acordo com o elenco e reduziu o salário dos jogadores durando o período de paralisação do calendário nacional. Com a recusa da proposta da Comissão Nacional de Clubes (CNC), a diretoria alvinegra assumiu uma negociação direta com os atletas e logrou êxito.
No acordo, divulgado inicialmente pelo portal UOL, os atletas aceitaram reduzir parte do montante, com possibilidade de retorno financeiro no futuro. O elenco entra de férias entre os dias 1º e 20 de abril, com possibilidade de expansão por mais 10 dias.
Os pagamentos de abril, referentes ao mês de março, serão feitos: 75% do salário na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) quitado em 20 de abril e 75% dos direitos de imagem (75%) serão pagos em 30 de abril. Os 25% restantes da CLT e da Imagem serão diluídos nos pagamentos dos atletas a partir de julho.
No caso dos valores de maio, referentes ao mês de abril, a distribuição é: 75% do salário na CLT e das férias pagas em 20 de maio e 75% dos direitos de imagem serão pagos em 30 do mesmo mês. O detalhe é que dos 25% restantes de salário na CLT e imagem, os atletas abriram mão de 10%. Assim, os 15% restantes serão complemento do salário a partir de julho. O valor será diluído ao longo do contrato.
O Diário do Nordeste apurou que não haverá manifestação do Ceará sobre o acordo do salário. A decisão atende uma solicitação dos próprios atletas. Importante ressaltar que parte dos jogadores, como o experiente goleiro Fernando Prass, participou da negociação sobre os salários em cenário nacional, contribuindo com interlocuções junto a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (FNAPF).
Na semana passada, o presidente do Vovô, Robinson de Castro, garantiu que nenhum dos 267 funcionários da instituição será demitido. O diagnóstico de saúde financeira deixa o Alvinegro com caixa para sustentar o funcionamento do time por completo durante os próximos meses, sem abdicar de salários ou dívidas – como parcelas do FGTS e do Profut. O custo mensal de manutenção da instituição é de aproximadamente R$ 5 milhões – valor mínimo necessário.
Diário do Nordeste