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Marcelo Paz sobre situação financeira do Fortaleza: “Humildade para cortar na carne”
Presidente do clube reforçou que as receitas diminuíram no período da pandemia do novo coronavírus
Redação
Desde o dia 17 de março, o Fortaleza suspendeu as atividades e concedeu férias aos funcionários - Foto: arquivo / SVM

A diretoria do Fortaleza busca equilibrar financeiramente o clube durante a pandemia do novo coronavírus. Com diminuição de receitas, o time foi um dos primeiros no Brasil a estabelecer um acordo com o elenco e reduzir o salário dos jogadores. Em entrevista ao programa Esporte Executivo, da Exame, o presidente tricolor Marcelo Paz reforçou a necessidade de diminuir os ganhos dos funcionários para atravessar o período sem jogos.

“É preciso ter a humildade para ‘cortar na carne’ e convencer as pessoas próximas a cortar porque é um cenário diferente. Tempos difíceis passam, os homens fortes permanecem. É um período de muita mudança cambial, saúde pública afetada e o futebol não fica alheio. Não tem bilheteria, cota de passagem de fase, não tem loja aberta, o sócio-torcedor começa a questionar. A gente tem que lidar com o cenário com paciência, clareza e transparência”, explica.

Desde o dia 17 de março, o Fortaleza suspendeu as atividades e concedeu férias aos atletas. O planejamento estratégico de contenção do time foi elaborado até o fim de mês, mas deve receber uma atualização caso as competições não retornem. Paz ressaltou que o cenário é de incertezas no futebol.

“Chegar nesse momento com a casa equilibrada é uma vantagem competitiva, mas isso não vai durar muito tempo porque os clubes de futebol como o Fortaleza, que estão com as obrigações em dia, não tem um lastro financeiro tão grande, uma reserva que vá durar três, quatro, cinco meses com a receita diminuída”, declara.

Com gestão profissional, o Fortaleza encerrou o pagamento de todas as despesas referentes ao mês anterior. Da parte dos jogadores, foram pagos direitos de imagem e 75% dos salários. O objetivo é atravessar a crise sem demitir nenhum dos funcionários da instituição.

Diário do Nordeste

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