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A pandemia do novo coronavírus e o futuro do esporte
Agência Miséria
Pepe Guardiola (Técnico do City). (Foto: Reprodução)

Em março deste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou estado de pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2). A mudança da classificação foi motivada pelo alto grau de contágio e rápida disseminação geográfica do vírus. Diante desse cenário, não demorou para diversos países adotarem medidas de isolamento social e suspenderem agendas culturais e esportivas.

Nas últimas semanas, alguns países iniciaram a retomada das atividades econômicas, como foi o caso da Alemanha. No entanto, não há data certa para o retorno do calendário esportivo e pouco se sabe sobre a nova rotina nos bastidores dos esportes. Transmitido pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, o novo coronavírus alterou drasticamente a rotina de especialistas, técnicos e atletas, que precisaram adaptar suas práticas para a realidade domiciliar.

Em alguns esportes, essa adaptação foi relativamente possível, como no caso do futebol. Na Europa, os grandes clubes de futebol seguiram o mesmo caminho e desenvolveram planilhas de treinamentos semanais para que os jogadores mantenham até 60% do condicionamento físico.

Já nos esportes olímpicos, os desafios foram bem diferentes e os atletas se viram impossibilitados de realizar essa adaptação. Boa parte dos nadadores, por exemplo, não têm onde exercer a parte mais importante de seus treinos: a natação. Isso acontece porque a maioria dos atletas dessa modalidade não possuem piscina em casa. “A temporada já está perdida, não há o que fazer”, declarou Etiene Medeiros, recordista mundial dos 50 metros costas em piscina curta. O mesmo acontece com atletas de artes marciais como o judô, que ficam impossibilitados de manter o ritmo das lutas e o condicionamento físico treinando sozinhos.

De acordo com a entrevista publicada recentemente pelo site de futebol bets online Betway Esportes, pouco ou nada se sabe sobre como acontecerá o retorno das atividades esportivas. O site aponta a possibilidade das ligas europeias continuarem os jogos da temporada a portas fechadas, sem presença do público. Essa condição não é bem recebida por alguns dos grandes nomes do futebol, como Pep Guardiola, técnico do Man City. “Nós jogamos para as pessoas. Se as pessoas não podem estar lá, qual o sentido?”, questionou.

Há, no entanto, uma grande pressão sobre as Confederações. A exemplo da UEFA, que se vê diante de um desafio até então inimaginável: como definir a data de retorno da Champions League se praticamente todas as fronteiras dos países europeus estão fechadas? A Premier League está no mesmo barco: como falar em um possível cancelamento da temporada se o Liverpool tinha 25 pontos de vantagem para o segundo colocado e já era tido como favorito em 99,9% das casas de apostas esportivas online?

Das grandes ligas europeias, a Bundesliga, da Alemanha, é a única que dá sinais de movimentação. Lá, todos os clubes já retomaram os treinos, mas os jogadores mantém o distanciamento mínimo de pelo menos dois metros um do outro. A liga inclusive mantém sua data oficial de retorno, que acontece na próxima segunda-feira, 4 de maio.

Em suas análises, o site de apostas Betway Esportes, aponta que quanto mais tempo passa, mais apertado fica o calendário esportivo, e mais pressionadas ficam as entidades que definem o planejamento do esporte mundial. Essa é uma crise inédita que levará a decisões nunca vistas até então no esporte.

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