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Pelo 5º dia seguido chove em mais de 70 municípios; Ererê registra maior precipitação
A primeira quinzena de maio registrou reduzidas chuvas, conforme previsão da Funceme.
Redação
Até a próxima terça-feira (26), a Funceme prevê predomínio de nebulosidade variável com possibilidade de chuva em todas as regiões. - Foto: Honório Barbosa

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou entre as 7 horas deste sábado (23) e 7 horas deste domingo (24) chuva em 94 municípios cearenses. É o quinto dia seguido que chove em mais de 70 municípios.

As dez maiores precipitações foram observadas em Ererê (58mm), Canindé (42mm), Brejo Santo (36mm), Granjeiro (35.2mm), Pedra Branca, Lavras da Mangabeira e Tejuçuoca, cada um com (30mm), Quixeramobim (29mm), Ararendá (28mm) e Itapiúna (27.4mm).

A Funceme atualiza os dados da chuva ao longo do dia e prevê até a próxima terça-feira (26) predomínio de nebulosidade variável com possibilidade de chuva em todas as regiões.

A gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, explicou que a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) continua afastada da costa cearense e não tem influenciado as chuvas registradas desde o último dia 15. “As chuvas observadas nos últimos dias decorrem de áreas de instabilidade no Oceano Atlântico e no setor Leste da região Nordeste”, pontuou.

A primeira quinzena de maio registrou reduzidas chuvas, conforme avaliação da Funceme. A ZCIT, que é o principal sistema que traz precipitações para o Ceará durante a quadra chuvosa (fevereiro a maio), distanciou-se do Estado e deixou de influenciar na ocorrência de chuva, mas a partir da segunda quinzena deste mês outros fatores estão contribuindo para formar sistemas meteorológicos que atingem e beneficiam todas as regiões cearenses.

A média histórica para este mês, o último da quadra chuvosa, é de apenas 90.6mm. “É a menor da quadra chuvosa”, observa o meteorologista da Funceme, Raul Fritz. Os dados parciais da Funceme indicam que até este domingo (24) foram observados em média 73.3mm, ou seja, há um desvio negativo de 19.1%. Mas ainda faltam seis dias para o fim do período.

A continuidade das chuvas amplia a oferta de alimentação para o rebanho, prolongando a existência das pastagens nativas e favorecendo a produção de capim e dos grãos – sorgo e milho. “Este ano temos um inverno maravilhoso, com recarga dos pequenos e médios açudes e formação de boa pastagem para o gado”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iguatu, Erivaldo Freitas.

No campo, os agricultores de base familiar e os médios e grandes produtores estão animados. “Não esperava um inverno tão bom como esse que tivemos”, disse o produtor rural, Augusto Marques, do município de Cedro. “As chuvas vieram no tempo certo, permaneceram e ainda estão beneficiando a plantação de milho, feijão e sorgo”.

Diário do Nordeste

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