Pessoas se aglomeraram no Planalto Ayrton Senna. - Foto: José Leomar
Pelo segundo dia consecutivo o centro de Messejana, em Fortaleza, teve registro de aglomeração de pessoas. Neste sábado (30), o Sistema Verdes Mares já havia mostrado o grande fluxo de pessoas no local, além de lojas funcionando a meia porta.
Na manhã deste domingo (31), a cena se repetiu. A reportagem flagou mais uma vez intenso fluxo de veículos e pessoas. Algumas não utilizavam máscara de proteção. Na Rua Quixadá, no Planalto Airton Senna, o cenário era parecido.
Comerciantes vendiam frutas em carrinhos e barracas foram armadas de forma improvisada. “Nós temos como fonte de renda a feira, sem isso eles não tem como pagar as contas e ficamos sem comida na mesa”, justifica o comerciante Messias dos Santos Martins, 52. “O auxílio emergencial não ajuda nisso”, completa.
No Parque Genibaú, mais aglomeração entre pessoas que compravam frutas. Em todas esses locais a população e comerciantes não respeitaram o decreto estadual que foi prorrogado por mais sete dias a partir de amanhã (1º).
Fiscalização
A Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), responsável por fiscalizar essas feiras e impedir a aglomeração de pessoas, disse ter encerrado três feiras com grandes aglomerações neste fim de semana. Ontem (30), as feiras do São Cristóvão e das Goiabeiras foram fechadas pelo órgão. Neste domingo, a Feira do Genibaú.
Quanto aos demais pontos com registro de aglomeração, a Agefis disse que a “operação de fiscalização é integrada aos órgãos de segurança” e não soube precisar se houve interferência nestes locais.
A Agefis informou ainda que esteve na feira do Planalto Ayrton Senna no último dia 24, quando fez orientação aos feirantes, distribui foram realizadas 1.142 ações de monitoramento e dispersão de aglomerações, e 63 operações para o encerramento diário das feiras irregulares.
Já a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) relatou que, desde o último dia 7 de maio, órgãos de segurança, trânsito e fiscalização estaduais e municipais atenderam 3.114 ocorrências, de acordo com dados do relatório do Gabinete de Gestão de Eventos Complexos (GCEC). Foram 2.112 chamados atendidos por aglomeração de pessoas, 824 referentes a comércios abertos e 178 ocorrências atendidas por descumprimento de proteção individual.
Diário do Nordeste