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Tristeza e homenagens no sepultamento do poeta Pedro Bandeira em Juazeiro
Nas vias públicas houve muitos aplausos e homenagens de centenas de pessoas que acompanhavam das calçadas de suas residências.
Demontier Tenório
Tristeza e homenagens no sepultamento do poeta Pedro Bandeira em Juazeiro
Dia de homenagens póstumas ao já saudoso poeta Pedro Bandeira (Guto Vital/Agência Miséria)

Um dia de tristezas, homenagens póstumas e poesias ao som de violas no velório do poeta Pedro Bandeira, que morreu nesta segunda-feira aos 82 anos de idade. Além disso, muita comoção na hora de sepultar o corpo do artista por volta das 18 horas de hoje no Cemitério Anjo da Guarda em Juazeiro. Momentos antes o Padre Agostinho celebrou missa e o cortejo fúnebre ganhou as ruas na direção do nicho de Padre Cícero em frente à Capela do Socorro, seguindo um ritual que era desejo do poeta.

Nas vias públicas por onde circulou foram muitos os aplausos em homenagens de centenas de pessoas que acompanhavam das calçadas de suas residências. Na Rua São Benedito passou em frente à casa onde sua mãe morou e, na Conceição, perante o Auditório Pedro Bandeira que vai se transformar no memorial do poeta que a Paraíba deu de presente ao Juazeiro. Antes de retornar para o sepultamento ao som de violas, novas orações em frente à estátua de Padre Cícero de quem era ardoroso devoto.

O velório de Pedro Bandeira foi aberto às 8 horas da manhã desta terça-feira e, a todo instante, chegavam coroas de flores assinadas por diversas entidades, instituições e pessoas. Em cima do corpo estavam um gibão e o chapéu de couro costumeiramente usado pelo artista nas suas apresentações. No som ambiente da capela no Centro de Velório, se ouvia a voz de Pedro Bandeira entoando os seus famosos poemas e, no recinto, as filhas Íria e Analica acolhendo a todos e sempre agradecendo o carinho.

Ao longo do dia muitos poetas e cantadores se revezaram aos microfones e com suas violas fazendo saudações póstumas na forma de poesia a exemplo dos irmãos João e Chico Bandeira, os amigos Zé de Freitas, Manoel Macedo e outros. É que todos queriam prestar as últimas homenagens ao poeta que cantou para o Papa João Paulo II no Castelão e muitas autoridades, incluindo vários presidentes da república. Foi o caso do poeta Francinaldo Oliveira que divulgou a seguinte saudação nas redes sociais:

Tanto a Prefeitura de Juazeiro, quanto a Câmara Municipal, onde Pedro Bandeira foi vereador por dois mandatos, decretaram luto oficial. A Secretaria de Cultura do Ceará divulgou nota de pesar lembrando que o “Príncipe dos Poetas Populares do Nordeste” era Mestre da Cultura. Nas várias matérias publicadas pelo Site Miséria, foram muitos os comentários escritos por pessoas que o admiravam. Para o seu amigo particular e radialista, Wilton Bezerra, a poesia nordestina ficou desfalcada.

O mesmo acrescentou que Pedro Bandeira não foi apenas um poeta-cantador, mas um nordestino forte e trabalhador, além de artista que sempre lutou pelo engrandecimento e o reconhecimento da poesia nordestina. “Pedro era uma planta do nosso solo árido e formava numa verdadeira galeria de craques da viola e a poesia está chorando essa perda”, concluiu Bezerra.

Imagens do velório e sepultamento feitas pelo cinegrafista do Miséria, Guto Vital, seguidas da entrevista de Pedro Bandeira concedida ao radialista Wilton Bezerra há dois anos.

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