Fachada da empresa MXM, em Juazeiro do Norte (João Boaventura Neto)
“Prefeitura de Juazeiro do Norte vai invadir uma propriedade privada”. A fala é do advogado da empresa MXM, Carlos Eduardo. A empresa é responsável pela coleta de lixo de Juazeiro. Ele concedeu entrevista ao Jornal da Tempo, da Rádio Tempo FM 101,5, apresentado por Francisco Fabiano.
O advogado atribuiu a responsabilidade do caos em que se encontra a limpeza pública de Juazeiro do Norte ao prefeito Glêdson Bezerra (Podemos). Ele acusa o gestor de estar induzindo ao erro o Ministério Público e o Poder Judiciário.
Disse ainda que a Prefeitura vai promover uma invasão a uma empresa privada e apela que seja quitado o débito que a prefeitura tem com a MXM pelo serviço prestado, para que permaneça prestando serviço à população, sob pena da cidade continuar convivendo com amontoados de lixo.
Para o advogado, a tese de que o valor do contrato da limpeza pública é exorbitante foi uma bandeira política erguida por Glêdson Bezerra que jamais apresentou levantamento ou dados para sustentá-la.
Carlos Eduardo observou que a partir de 16 de novembro o então secretário Luiz Ivan Bezerra (da Gestão Arnon Bezerra) abriu as portas da Secretaria de Meio Ambiente para membros da equipe de transição, entre eles, o atual secretário Diego Machado, tempo suficiente para que a atual administração apresentasse uma informação técnica que justificasse a redução no valor do contrato.
“É óbvio que se houve a redução intensa do valor do contrato a limpeza vai ser comprometida. Estamos prestes a demitir 100 trabalhadores por conta da redução do valor do contrato”, disse, o advogado da MXM.
Ele acrescentou que essa redução tão propagada pelo prefeito Glêdson resultará em 1.500 toneladas/mês de lixo residencial e comercial que deixarão de ser recolhidas. Finalizou a entrevista afirmando que medidas judiciais serão tomadas contra o que classificou de invasão da propriedade privada.