Agência do INSS de Juazeiro do Norte. (Foto: Guto Vital/Miséria)
Gerência do INSS de Juazeiro do Norte enfrenta metas de produtividade abusivas, assédio moral coletivo, ameaça de redução do salário de servidores e o risco de ser fechada. É o que denuncia a servidora e representante do Sindicato dos Previdências do Ceará, Umbelina Novaes, em sessão ordinária da Câmara dos Vereadores desta quinta-feira (12).
A gerência do INSS de Juazeiro do Norte é composta por 23 agências e abrange cerca de 50 municípios. Caso seja extinta, a população destes municípios deverá se deslocar até Fortaleza para questões presenciais do INSS, diz a sindicalista.
Desde maio deste ano, todos os serviços e benefícios do INSS são solicitados de forma digital. A tecnologia reduz o acesso de grande parte da população, diz Umbelina.
“A maior parte da população usuária que nos procura […] não está incluída no mundo digital”, disse na Câmara. “A população está sendo prejudicada, quantas vezes nós vemos pessoas que não sabem acessar a internet e mal têm um celular?”, questionou.
A servidora e representante do Sindicato também expôs as condições de trabalho. O último concurso do INSS ocorreu em 2015. De lá para cá, inúmeros servidores se aposentaram e não foram substituídos, conta ainda.
“A gente trabalha com a defasagem de quase 20 mil servidores”, revelou. “A administração central tem nos imposto uma meta de produtividade altíssima, querendo que os servidores façam a compensação daqueles que se aposentaram, o que é uma coisa impossível de ser alcançada”, declarou.
A Câmara dos Vereadores deve se unir às demais representações políticas do Estado para defender a gerência de Juazeiro do Norte em Brasília.