Madson Vagner
Jornalista e escritor. Madson Vagner atua como diretor de jornalismo e comentarista da Rádio Plus FM e colunista político do Jornal do Cariri. É correspondente colaborador dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo do Rio. Faz parte dos quadros de autores da Editora Novo Século.
Madson Vagner
Jornalista e escritor. Madson Vagner atua como diretor de jornalismo e comentarista da Rádio Plus FM e colunista político do Jornal do Cariri. É correspondente colaborador dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo do Rio. Faz parte dos quadros de autores da Editora Novo Século.
A aliança entre PT e PDT no Ceará passa pelo seu momento mais crítico desde seu início em 2006. A avaliação é do deputado estadual Acrísio Sena e de outras lideranças petistas. Recentemente, o deputado federal José Guimarães, maior liderança do partido no Ceará, chegou a afirmar que se não houver acordo, coloca seu nome para a disputa ao Governo do Estado.
E a tese tem sido colocada com frequência. De passagem pelo Cariri, Acrísio disse não descartar a possibilidade de rompimento entre PT e PDT este ano. “Até final de julho muita água pode rolar debaixo dessa ponte. E pode ter surpresa. Não subestimem; o maior erro é subestimar que o PT não tenha coragem de lançar candidatura própria,” disse.
A afirmação foi durante entrevista à rádio Plus FM Cariri, no Programa redação Plus, dia 12. Para Acrísio, se for necessário, o PT terá coragem de lançar candidatura própria, apesar da posição majoritária do partido ser de manutenção da aliança.
Segundo Acrísio, a crise nasce da falta de diálogo entre os líderes do PDT com os petistas, que querem participar da escolha do nome para a disputa ao Governo. Ele disse que um cenário em que PT e PDT lancem candidaturas antagônicas para disputa, está aberto. “Nós temos pesquisa que indicam que qualquer nome do PT, colado no nome do Lula, parte de 15%. Então apontar um nome do PDT sem ouvir o PT, você não quer aliança, quer um apêndice,” disse.
PT quer Izolda
Sobre o nome da aliança, Acrísio disse que Camilo senador e a cabeça vindo do PDT, está pacificado. O problema estaria porque os petistas querem ser ouvidos. “Se ofertaram quatro nomes, são nomes abertos para o diálogo. […] O PT tem afinidade. E o sentimento majoritário tem maior afinidade com dois nomes: Izolda Cela e Evandro Leitão,” admitiu.
E disse mais: “O problema é que quando o PT externa em torno da professora Izolda, setores do PDT dão pulo acolá, que não pode ser isso; que o PT está interferindo,” disse. Para Acrísio, o nome da Izolda é o único que aglutina para, além da base. Ele lembrou que o ex-senador Eunício Oliveira, disse que se o nome for Izolda, o MDB fecha com a aliança.
“Se todo mundo é do PDT, não podemos trabalhar com tese de veto. Acho que temos que trabalhar com tese de preferência. O PT poderia externar que tem preferência. Se tu me oferta quatro nomes, eu tenho direito de escolher, de optar, de opinar, de direcionar; é isso que o PT está querendo fazer,” finalizou.
Acrísio reclamou que PT e PDT estão debatendo pela imprensa. Ele quer que as forças políticas sentem e decidam sobre o nome e o projeto. O debate entre Ciro e Lula está superado. Maturidade, no momento, é entender isso. Nós temos um projeto em curso e é importante que esse projeto continue. Mas, é importante que haja reciprocidade nessa construção.