Madson Vagner
Jornalista e escritor. Madson Vagner atua como diretor de jornalismo e comentarista da Rádio Plus FM e colunista político do Jornal do Cariri. É correspondente colaborador dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo do Rio. Faz parte dos quadros de autores da Editora Novo Século.
Madson Vagner
Jornalista e escritor. Madson Vagner atua como diretor de jornalismo e comentarista da Rádio Plus FM e colunista político do Jornal do Cariri. É correspondente colaborador dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo do Rio. Faz parte dos quadros de autores da Editora Novo Século.
O resultado do julgamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na manhã desta segunda-feira (18), que absolveu o prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), de ter cometido crime eleitoral em 2020, acabou despertando tensões políticas. Com maioria absoluta, sete votos, o Pleno rejeitou embargo de declaração pedindo a cassação da chapa de Glêdson e Giovanni Sampaio (PSD), além do empresário Gilmar Bender.
Glêdson respondia a denúncia de abuso de poder econômico, após o suposto uso de helicóptero em campanha durante carreatas no dia 24 de outubro de 2020. O veículo não teria sido incluído na prestação de contas. Outra denúncia versava sobre a compra indevida de combustível, também não lançada na prestação de contas.
A primeira decisão no processo, em abril de 2021, foi pela cassação e inelegibilidade de Glêdson, Giovanni e Bender. A decisão foi derrubada pelo TER, pela primeira vez em agosto de 2021, quando a Corte negou o pedido de perda dos mandatos. Após o resultado no TRE, a acusação entrou com recurso através de um embargo Declaratório, decidido agora.
Após o resultado, Glêdson desabafou e garantiu que “muitos poderosos tinham interesse” na sua cassação. “A gente sabe que tem gente que banca, banca advogados”. E ressaltou: “Para se ter uma idéia, o advogado que entrou com ação contra nossa chapa é o mesmo de uma empresa que cortamos mais de R$ 4,5 milhões e baixamos o serviço em mais de R$ 2 milhões no contrato”, revelou.
Para o prefeito, certas empresas que prestam serviço sabem que se prestar fica, se não prestar saí. “Não tenho amor por empresa nenhuma”, disse. Glêdson deu exemplo do Instituto Diva Alves do Brasil (Idab), que administra o Hospital e Maternidade São Lucas e a UPA do Limoeiro, do qual foi cortado mais de R$ 1 milhão após auditorias, somente no primeiro quadrimestre.
A afirmação foi para exemplificar a nova conduta que, a partir de agora, vai endurecer ainda mais as ações de transparência na gestão. “Da forma como a gente faz, incomoda muita gente e isso é inconteste […] Está muito claro que se trata de um inconformismo de quem tenta desestabilizar nosso governo”, disse.
Giovanni disse que o susto mostrou que é preciso abrir mais o diálogo e corrigir falhas que ainda existem. Mas, que a gestão é correta e vai continuar sendo assim. “Agora, sem pressão política, sem pressão eleitoral e com a administração que está sendo feita, vai favorecer a população”, disse, ressaltando que, se a oposição quiser sentar na cadeira de prefeito, terá que se preparar para as eleições de 2024. A acusação ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).