Foto: Reprodução/Carlos Lourenço
A Associação Solidária do São José (ASSJ) reclama a ausência de atendimento médico nas Equipes de Saúde da Família 10, 81; 47, 61 e 72, localizadas no bairro São José, em Juazeiro do Norte.
A falta de atendimento médico tem prejudicado os usuários do Sistema único de Saúde – SUS, em especial os mais vulneráveis, a informação é da presidente da associação, a professora Ana Paula Martins.
“Os pacientes que precisam de atendimento ou mesmo de uma simples receita se deslocam até o Hospital Estefânia Rocha Lima duas vezes no mesmo dia; pela manhã se dirigem ao hospital para entregar cópia do Cartão do SUS e, à tarde novamente para pegar a receituário preenchido. Grande parte dos usuários/pacientes não dispõe de transporte próprio e fazem o trajeto à pé”, Afirma Ana Paula.
Ainda de acordo com ela, “muitos chegam ao Estefânia Rocha Lima pela manhã e ficam até a tarde, isto com fome e sede na maioria das vezes. A problemática de falta de médicos nos postos de saúde do bairro São José é antiga. Antes da Pandemia do Covid-19 a situação já era difícil, mas com muitas restrições ainda tínhamos atendimento médico”.
A presidente da associação do São José garante ainda que durante o período de pandemia a situação se agravou ainda mais.
“Ficamos totalmente sem atendimentos médicos para conseguir uma prescrição de um medicamento ou uma simples consulta. Há relatos de moradores com sintomas de dengue e chikungunya sem atendimento ou tendo que se deslocar para outras unidades de saúde muitas vezes sem lograr êxito”.
A Associação Solidária do São José encaminhou nesta terça-feira, dia 26, ofício ao Legislativo Municipal e ao Conselho Municipal de Saúde para que busquem resolução para o problema.
Outro lado
A secretaria da Saúde (Sesau) de Juazeiro do Norte informou ao site Miséria que dois médicos atendiam nos equipamentos, mas um deles se desligou do município e o outro é do grupo de risco da Covid-19 e ficou impossibilitado de trabalhar. O problema já está sendo resolvido pela Sesau.