Foto: Izabelly Macêdo/Agência Miséria
Até a manhã desta segunda-feira (15), cerca de 24 municípios do Cariri totalizavam 84 óbitos por covid-19. A primeira morte registrada na região foi há 73 dias, em Farias Brito. Já as últimas mortes registradas foram em Juazeiro do Norte, de sexta-feira (12) a domingo (14) três pacientes não resistiram à doença na cidade.
Como já foi amplamente divulgado pela mídia, o manejo dos corpos das vítimas do novo coronavírus obedece a um protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde em março deste ano. Saiba mais:
Reconhecimento do corpo
De acordo com o Ministério da Saúde, é recomendado que apenas um familiar ou responsável realize o reconhecimento do corpo. Nesse caso, a pessoa deve manter uma distância mínima de dois metros da vítima e caso seja necessário que se aproxime para que possa reconhecer o corpo, a pessoa deverá utilizar máscara, luvas e aventais de proteção.
Mas nem sempre o reconhecimento poderá ser feito presencialmente. A depender da estrutura da Unidade Hospitalar em que o óbito ocorreu, o Ministério recomenda que o reconhecimento do corpo seja feito através de fotografias. Assim evitando qualquer contato ou exposição à pessoa ou responsável que realizará a identificação.
Tratamento do corpo
Após a constatação do óbito e confirmação da identidade da vítima, o corpo é imediatamente “embalado” e lacrado. Segundo as orientações do Ministério, o corpo deve ser manipulado o mínimo possível, para evitar emissão de gases ou fluídos corpóreos. A Pasta também recomenda que não seja realizado a formolização e embalsamento do corpo.
Essa “embalagem” do corpo deve conter três camadas: primeiro, o corpo deve ser enrolado com lençóis; em seguida, deve ser colocado em um saco impermeável; e, por último, o corpo deve ser colocado em um segundo saco, que será desinfetado e etiquetado com causa da morte, nome, número de prontuário, número do Nacional de Saúde (CNS), data de nascimento, nome da mãe e CPF.
Necrotério
Ao chegar ao necrotério, o corpo é colocado em um compartimento refrigerado. Em seguida, o corpo é colocado em uma urna funerária especial, revestida em zinco. A urna funerária é então lacrada e higienizada com solução clorada 0,5%. Uma vez realizado esses procedimentos, a urna funerária não poderá mais ser aberta.
Sepultamento
A urna funerária segue então diretamente para o cemitério. Para evitar qualquer possibilidade de contágio, uma cova comum já aguarda o sepultamento. De acordo com o Ministério da Saúde, é recomendado que o enterro ocorra com a participação de, no máximo, 10 pessoas, que devem manter distanciamento mínimo entre si.