Vista aérea campus UFCA Juazeiro do Norte. Foto: Gabriel Souza e Luyan Costa/DCOM
Com uma greve docente e de servidores técnicos-administrativos em curso e a volta das aulas presenciais da graduação agendada inicialmente para a próxima segunda-feira (6), a Universidade Federal do Cariri (UFCA) divulgou nota na noite dessa quinta-feira (2) informando que as atividades de ensino dos cursos de graduação não serão retomadas tal qual estava expresso no calendário acadêmico.
Em nota, a instituição afirma que a deliberação ocorreu no órgão máximo da entidade, o Conselho Universitário. Segundo a UFCA, a ação visa respeita o direito de greve dos profissionais, bem como orientar adequadamente a comunidade universitária.
Nessa linha, frisa-se que o retorno das aulas presenciais nos diversos cursos de graduação da instituição estão suspensas, e somete serão retomadas com o fim da paralisação hora em curso. Todavia, destaca-se que as aulas do ensino à distância estão mantidas e seguirão o cronograma anteriormente estabelecido, mesma situação para os cursos de pós-graduação.
Indica-se que a universidade apontou, também, que o pagamento das bolsas constituídas até 20 de março, data da paralisação dos técnicos-administrativos, será mantido normalmente. No que tange às atividades das bolsas, caberá aos coordenadores de cada projeto estabelecer a continuidade ou suspensão. Salienta-se que os auxílios da autarquia também terão seus pagamentos continuados.
Lembra-se que no momento de deflagração da greve, várias universidades do país estavam com processo de matrícula do Sisu ocorrendo, esse era o caso da UFCA. Nesse contexto, pondera-se que o processo de seleção também momentaneamente suspenso.
A greve
Professores e servidores técnicos-administrativos de inúmeras instituições de ensino de todo o Brasil estão em greve há pouco mais de um mês. Os profissionais reivindicam a recomposição dos orçamentos das universidades, bem como reajustes salarias melhores, já que a proposta do governo não previa nenhum tipo de correção para o ano de 2024. Indica-se que professores apontam uma defasagem salarial de pouco mais de 20%, já no caso dos técnicos-administrativos esse percentual se aproxima de 40%.