Aos 91 anos, José Aldenir Aguiar, o Mestre Aldenir, ganhou um museu para celebrar sua contribuição ao reisado e o trabalho que desenvolve há 69 anos à frente do grupo Reis do Congo, um dos mais tradicionais da região do Cariri.  A arte do “brincar” se tornou Museu Orgânico inaugurado pelo Sesc, em parceria com a Fundação Casa Grande, no último sábado (24).

Natural da cidade do Crato, o mestre nasceu no sítio Baixio Verde, em agosto de 1933. Ele é reconhecido como mestre na tradição do Reisado de Congo, além de ter sido nomeado, em 2004, como Tesouro Vivo da Cultura do Estado do Ceará, pela Secretaria de Cultura do Ceará, e Notório Saber da Cultura Popular, pela Universidade Estadual do Ceará (Uece). “Só vou dizer uma palavra, agradecer o Sesc que dá valor à cultura popular, faz tudo para, no final, dar tudo certo. Desde que começou a Mostra, venho acompanhando e ela só cresce. Só tenho que agradecer de coração a essa família do Sesc, uma família que sabe o que é cultura popular”, enfatizou o mestre.

Os museus orgânicos são espaços dedicados a homenagear importantes figuras da cultura popular, ressignificando o território ao transformar em lugares de memória afetiva com possibilidade de visitação para movimento do turismo local. Nesses espaços, podem ser encontrado objetos pessoais, fotografias, vestimentas, instrumentos e itens que marcam o dia a dia, consolidando as manifestações tradicionais.

Atualmente, o Reis do Congo conta com um grupo infantil e outro infantojuvenil. São pelo menos 50 jovens e crianças que estão levando à frente o legado de família, que vem de longa data.