Foto: Livia Romana/Agência Miséria
Nesta segunda-feira (08) a Petrobras anunciou que a partir da meia noite desta terça-feira (09) o gás de cozinha passaria por um reajuste de 5,1%. Em Juazeiro do Norte, esse reajuste pode chegar a R$ 3. No município, o botijão de 13kg que podia ser encontrado por até R$ 80 em janeiro, já custa em média R$ 83 e pode ter esse valor acrescido em até R$ 5 com a entrega. Em outras cidades da região do Cariri, o mesmo produto pode ser encontrado por até R$ 90.
Em uma enquete publicada no Instagram do Site Miséria, leitores relataram o impacto do preço do gás de cozinha na renda mensal. Para a maioria dos participantes da enquete, o preço do botijão compromete duramente a renda. Entre os relatos, destacou-se o de uma mãe beneficiária do Bolsa Família que afirmou receber R$ 130 do programa e, após a compra do gás, ficar com apenas R$ 40 para alimentação.
Em conversa com o Site Miséria, Claudia Coelho, diretora da Cariri Gás falou sobre o aumento no preço do gás de cozinha. “O Brasil não é autossuficiente em GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha), parte do que é consumido no país é importado. E por se tratar de uma commodity, ele segue o preço do mercado internacional”, explicou. “Então quando o gás sobe no mercado internacional, na Bolsa da Europa, que é quem “comanda” esse preço, o efeito repercute aqui de imediato”.
De acordo com Claudia Coelho, esse aumento começa na Petrobras e passa pelos distribuidores e pela rede de revendedores até chegar ao consumidor final. “É uma situação lamentável a gente se deparar com altas consecutivas. […] Não é uma situação que dependa da rede de revendedores, a gente passa a vender mais caro porque também compra mais caro”, declarou.
Segundo a Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito do Petróleo (Asmirg), a estimativa é que o gás de cozinha chegue a ser vendido por até R$ 150 ainda este ano.