Aparecida, Zé de Dunda, Luiz e Maria se reencontram após 25 anos distantes (Divulgação)
Abraços matando saudades aplacaram as incertezas que um dia o reencontro iria acontecer. Cerca de 25 anos depois quatro irmãos se reencontraram na manhã desta segunda-feira no município de Caririaçu. Após deixar sua terra natal há duas décadas e meia e não dar mais notícias o ajudante José Correia da Silva, o “Zé de Dunda” foi trazido ao Cariri por sobrinhos que chegaram na madrugada de domingo procedentes de Guarabira (PB).
O reencontro se tornou possível após divulgação nas redes sociais por uma mulher identificada por Osana que estava cuidando do mesmo na Paraíba. Ontem, os seus irmãos no caso os vendedores Luiz Correia, de 50; Aparecida Correia, de 41; e Maria Correia de Sousa Silva, de 44 anos, chegaram cedo de Várzea Alegre para o reencontro. Os irmãos tiveram uma manhã inteira de conversas e almoçaram juntos em Caririaçu.
Aparecida descreveu ter sido algo de muita felicidade, emoção e choro como um momento “impossível de descrever”. Ela aproveitou para manifestar, em nome da família, sua gratidão a Osana: “Sem ela, esse reencontro jamais teria ocorrido”, disse num contato esta manhã com a reportagem do Site Miséria. Zé de Dunda permanece em Caririaçu tentando refazer os documentos que perdeu, pois é natural daquela cidade.
Ainda hoje irá ao Cemitério de Caririaçu para uma visita ao túmulo dos pais e pretende voltar a Guarabira – onde está há dez anos – afim de resolver algumas pendências. Naquela cidade e em Várzea Alegre, para onde seguirá esta semana, são muitos os amigos e outros parentes desejosos em revê-lo ou conhece-lo. O mesmo tem duas filhas morando em São Paulo e Curitiba e um filho em Assaré.
Ele foi embora de Caririaçu há 25 anos em busca de emprego, deixando a mãe muito triste. No primeiro e único contato telefônico após sair de casa, soube que a mesma tinha falecido quando confessou ao pai a perda do desejo de retornar a Caririaçu e que iria “desaparecer pelo mundo afora”. O tempo passou quando Zé se tornou andarilho, doente e sem documentos, mas nunca perdeu de vista o desejo de rever os familiares e amigos que deixou na terra natal.