Jonathan Kiss vai ser homenageado com seu nome no Centro de Referência LGBT de Juazeiro (Reprodução)
O Site Miséria lembra nesta quinta-feira a passagem de exatos 20 anos do brutal assassinato do radialista, decorador e promotor de eventos, João Vicente da Silva, o Jonathan Kiss. O crime aconteceu no dia 10 de setembro de 2000 no interior de sua casa no bairro Novo Juazeiro, onde o corpo foi encontrado com o pescoço degolado e afundamento craniano. Inclusive, o mesmo ganhará homenagem póstuma com a colocação do seu nome no Centro de Referência LGBT de Juazeiro.
Juazeiro jamais esqueceu os eventos promovidos por Jonathan com toda a dificuldade de uma época ainda com parcos recursos na área de comunicação. Um dos acusados do crime de latrocínio, segundo os autos do processo, é Marconi Lima da Silva, o “Maicon”, porém este não mais sentará no banco dos réus. É que o lutador de MMA e dono de um salão de beleza na Rua do Rosário (Salesianos) em Juazeiro, tinha 43 anos quando foi encontrado morto neste local no dia 4 de setembro de 2018.
O outro acusado é Romerson Afonso Nonato, o “Mineirinho”, hoje com 44 anos. A fase de instrução criminal do processo só começou quase um ano depois já que a Polícia Civil enfrentou dificuldades nas investigações pela ausência de testemunhas e provas do crime emprestando a ideia inicial de que não haveria indiciados. Inclusive, muitos nomes citados no contexto das especulações até de pessoas bem conhecidas em Juazeiro o que não passou de boatos.
É que, depois, surgiram informações mais claras quando a polícia chegou até “Mineirinho” e o mototaxista “Maicon”, que prestava serviços para Jonathan. Todavia, ambos negaram envolvimento e ainda ficaram algum tempo presos até conquistarem o direito de responderem em liberdade. Maicon tinha sido preso em novembro de 2002, em São Paulo, sob a acusação de assaltos em Praia Grande e São Bernardo do Campo e até já havia sido mostrado no programa Linha Direta da Rede Globo.
Na sua chegada em Juazeiro, disse que tinha sido torturado pela PM paulista para confessar o homicídio. Já Mineirinho se apresentou no programa de Márcia Goldschimidt, da Rede Bandeirantes, em setembro de 2002, quando se entregou à Polícia. “A negativa de autoria é um direito deles, mas nada tira nossa convicção”, disse na época o delegado Tenório de Brito ao desembarcar com os dois no Aeroporto Regional do Cariri em Juazeiro.