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Juazeiro lembra hoje 200 anos do nascimento de “Dona Quinô”, a mãe de Padre Cícero
Como forma de homenagem póstuma o Site Miséria lembra exatos 200 anos do nascimento de Joaquina Vicência Romana, a “Dona Quinô”
Demontier Tenório
“Dona Quinô” está sepultada junto com o filho no altar-mor da Capela do Socorro (Foto: Reprodução)

Como forma de homenagem póstuma o Site Miséria lembra exatos 200 anos do nascimento de Joaquina Vicência Romana, a “Dona Quinô”, que transcorre nesta terça-feira. Era a mãe do Padre Cícero e a data foi lembrada pelo Arcebispo Metropolitano de Manaus, Leonardo Ulrich Steiner, ao celebrar missa esta manhã na Capela do Socorro em cujo altar-mor o corpo dela foi sepultado. Participaram ainda da liturgia o Bispo Diocesano de Crato, Dom Magnus Henrique, e o Emérito dom Fernando Panico.

Dona Quinô faleceu no dia 5 de agosto de 1914 e terminou sepultada na Capela do Socorro, onde o seu filho ilustre seria sepultado 20 anos depois. Ela nasceu em Crato no dia 25 de outubro de 1822 e morreu aos 92 anos. A mesma tinha 70 anos quando Padre Cícero foi suspenso das ordens sacerdotais e ainda viveu 22 anos acompanhando o sofrimento do filho na busca pelo direito de voltar a celebrar, confessar e pregar no povoado do Juazeiro.

A mãe do sacerdote, já bastante debilita em sua saúde, ainda vivenciou a festa da emancipação política de Juazeiro e morreria três anos depois. Logo cedo, sentiu uma indisposição e foi assistida por sua enfermeira a qual a encontrou morta quando lhe foi servir o almoço. Dona Quinô estava cega e paralítica, sendo viúva do comerciante Joaquim Romão Batista há mais de 50 anos o qual morreu vítima de cólera em Crato.

Além de Cícero Romão Batista, o casal teve as filhas Maria Angélica Romana (Mariquinha) e Angélica Vicência Romana. Ela ficou viúva com apenas 40 anos, era uma mulher pobre, analfabeta, ficou com os três filhos e dívidas a pagar quando enfrentou muitas dificuldades para educá-los. Juazeiro praticamente não rendeu homenagens a mãe de Padre Cícero.

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