“Escurinho” trabalhou durante muito tempo no rádio juazeirense (Reprodução)
Como forma de homenagem póstuma o Site Miséria lembra a passagem de exatos cinco anos da morte do radialista “Escurinho”, que transcorre nesta quinta-feira. Francisco de Assis Ferreira Lopes faleceu no dia 23 de janeiro de 2015 aos 78 anos de idade em Juazeiro do Norte. Por muitos anos foi o personagem “Cajarana” da dupla com “Xexéu” (Alceli Sobreira) no programa Coluna da Hora de grande audiência no município.
Escurinho sofria do mal de Alzheimer, era ainda um paciente diabético, tinha pneumonia e morreu num dos leitos do Hospital Regional do Cariri em Juazeiro. Foram quase 50 anos de atividades no rádio, mas, antes, trabalhou na antiga CELCA (Companhia de Eletricidade do Cariri), foi professor da Escola Técnica de Comércio e funcionário do setor de finanças da prefeitura. Ele nasceu em Juazeiro no dia 27 de junho de 1936 e teve o corpo sepultado no Cemitério do Socorro.
O mesmo tivera breve passagem no início da carreira pela Ceará Rádio Clube de Fortaleza participando de um programa de humor sendo o personagem “Blecaute”, mas o amor por Juazeiro falou mais alto e o seu retorno não demorou. Do casamento com Eulália Martins, em 1963, teve nove filhos e três já faleceram. Durante mais de quatro décadas, Escurinho residiu na Rua Todos os Santos no centro de Juazeiro e se tornou comunicador no antigo CRP (Centro Regional de Publicidade).
Ali pontuou em programas no pequeno auditório da radiadora então na Rua São Francisco sempre com boas plateias no fim da década de cinquenta. Depois, veio o convite para a Rádio Iracema e bastante sucesso no programa Coluna da Hora. Os ouvintes tinham a impressão que o programa era apresentado desde a Coluna da Hora na Praça Padre Cícero e muitos até compareciam ao local e não encontravam os apresentadores.
Na Rádio Iracema fez ainda programas musicais e, posteriormente, estimulou na atividade os filhos Fernando Martins e Francisco de Assis Ferreira Lopes Júnior, o “Júnior Miau” ambos na Vale FM. Um irmão seu, Cícero Ferreira Lopes, apelidado por Cicinho Filisteu, foi jornalista político tendo trabalhado por muito tempo em Brasília. Na opinião dos amigos, Escurinho carregava para o dia o dia o seu comportamento de um homem eternamente bem humorado.