O Hospital Regional Norte (HRN), localizado em Sobral, integra o projeto TeleUTI Conectada em parceria com o Hospital das Clínicas de São Paulo (HCFMUSP). A unidade é o único equipamento de saúde do Ceará a participar da iniciativa. 

O TeleUTI Conectada integra o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi – SUS). O projeto teve início este ano e vem trazendo resultados positivos na condução de casos críticos de pacientes.

O Diretor Geral do HRN, Carlos Hilton Albuquerque, ressaltou os benefícios do projeto. “A incorporação de novas tecnologias traz um benefício indiscutível para os nossos pacientes. Somos um hospital de referência para casos essencialmente graves e participar de uma iniciativa nacional traz impactos positivos na assistência e no ensino”, disse.

Hospital Regional Norte é o único equipamento de saúde do Ceará a participar da iniciativa. Foto: Divulgação

Como funciona? 

De acordo com a unidade, diariamente, acontecem os “telerounds”, visitas virtuais nas quais as equipes multiprofissionais do HRN e do Hospital das Clínicas fazem o diálogo de casos mais decisivos da UTI para ocorrer a tomada de decisão.

Além disso, monitores multiparamétricos (MM), ventiladores mecânicos (VM), bombas de infusão (BIC), exames laboratoriais e imagens médicas estão conectados com os profissionais da unidade de referência que fazem visitas virtuais para auxiliar as equipes nas condutas.

O coordenador médico da UTI Adulto I do HRN, Carlos Eduardo Rodrigues Amorim, ressalta a importância do compartilhamento entre as equipes. “A avaliação longitudinal dos pacientes pela equipe dos telerounds proporciona um ambiente de cuidado continuado favorável para a rápida resolução das condições críticas dos pacientes da UTI. Dessa forma, temos uma redução do tempo de internação e também há redução na mortalidade. O compartilhamento de experiências tem servido de base para alterações positivas em nossas rotinas”, explicou.

Indicadores

A líder do Saúde Digital do Hospital das Clínicas de São Paulo, Clarice Savastano, explicou que durante o projeto são avaliados os indicadores do paciente e sua condição de gravidade na entrada no serviço de saúde e a probabilidade de mortalidade. 

A partir desse dado inicial, é traçado um preditor de entrada e comparado com a taxa efetiva na saída do paciente da UTI. “As teleconsultas auxiliam a reduzir a taxa de mortalidade e o tempo de permanência nas UTIs”, reforçou.

Além das teleconsultas, o projeto conta também com momentos de capacitação das equipes dos hospitais participantes em temas como sepse, ventilação mecânica e prona. “O foco é trocar experiências e auxiliar as equipes a chegarem aos melhores resultados para os pacientes”, avaliou.