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Juliana Paes: ‘Esse jeito Maria da Paz de ser me inspira como Juliana’
Muito comovida com o trabalho, Juliana destacou que A Dona do Pedaço ocupar A um lugar especial em sua história.
Redação
Juliana Paes: ‘Esse jeito Maria da Paz de ser me inspira como Juliana’ - João Miguel Júnior/TV Globo

Blocos e blocos de texto a cada capítulo. Tem sido assim desde o primeiro capítulo e será até o último. Juliana Paes arrumou dez minutinhos em seu corrido dia pata conversar com a imprensa sobre a reta final de Maria da Paz, nesta quinta-feira (31), nos Estúdios Globo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

“Estou muito exaurida física e mentalmente. As sequências que finalizam a história puxam muito, existe o cansaço mas a sensação de plenitude e missão cumprida superam”, disse.

Muito comovida com o trabalho, Juliana destacou que A Dona do Pedaço ocupar A um lugar especial em sua história.

“Essa novela foi desafiadora pra mim em vários aspectos. Queria fazer uma mocinha que fosse querida. É difícil nesse momento em que os brasileiros amam os vilões. Fazer com que as pessoas tivessem carinho pela Maria da Paz, mesmo com essa cegueira de mãe, todos esses percalços, foi pesado! Mas agora estou com a vida ganha”.

Mãe de dois meninos, Pedro e Antonio, a atriz enfatizou que o fato de a filha biológica da boleira ser mesmo Josiane (Ágatha Moreira) deve ser entendida com clareza.

“Seria uma alegria pra Da Paz ter uma filha consanguínea do bem. Mas é uma lição mostrar que bons pais, boa criação, pode gerar filhos ruins. Sei que quando falo isso, falo da dor de muitas mães pelo Brasil, que questionam ‘onde foi que eu errei?’ e ‘por que meu filho foi pra outro caminho?’. A mensagem é de que a culpa não é de quem cria os indivíduos. Ele escolhe seu caminho independente de quem o criou”.

Com quase 20 anos de bagagem atuando em novelas, Juliana pontuou o momento em que vive.

“O reconhecimento profissional nunca vem num trabalho só. O público leva tempo pra te colocar numa gaveta especial. As grandes levaram um tempo pra se instaurar. Com muito esforço e renúncia eu consegui cavar o meu espaço. Muita culpa, deixar filho em casa. Um dos grandes trabalhos que me deu ensinamento e projeção fez com que eu deixasse meu filho em casa com quatro meses. Foi em Meu Pedacinho de Chão. Sempre tive vontade de trabalhar com o Luiz Fernando Carvalho. O Antônio estava amamentando. Foi sofrido, mas valeu a pena. Ver que as pessoas me veem como uma artista não tem preço. Eu paguei caro. Inflacionou, até. Mas estou colhendo”.

A atriz disse ainda que Maria da Paz faz, realmente, parte da sua vida.

“Acho que a Maria da Paz foi a minha personagem que melhor se comunicou com o público. Recebo feedback de crianças, velhinhos, ricos, pobres. Talvez eu tenha conseguido criar um espírito. Passei por uma situação pessoal, outro dia, e pensei no que a Maria da Paz faria no meu lugar. É um comportamento, um jeito de ser positivo, do bem, moral, que sempre acolhe as pessoas, sem preconceitos. Esse jeito Maria da Paz de ser me inspira como Juliana e acho que isso acabou abarcando todo mundo. É muito além da novela”.

Com uma rotina tão intensa, ela conta com ajuda de alguns profissionais para gerir sua vida.

“Tenho uma pessoa que cuida dos meninos, uma que cozinha, o seu Waldecir, o motorista maravilhoso que me leva pra lá e pra cá, leva os meninos para as atividades deles, o Vander que faz minha agenda, o escritório com a Rafa e o Ike e a turma do digital. Eles fazem um ou outro post que tem horário certo. Curtida e comentário eu mesma faço, imagina!”.

Sempre muito solícita, a atriz enfatizou que não consegue ser diferente. Ela, que já deu entrevista até na chuva, ao longo da trajetória desta trama, afirmou que a empatia a impulsiona.

“Fico um pouco impressionada com quem não reconhece vocês, que a gente vê toda hora. A minha matéria prima é olho no olho. Só consigo fazer bem uma cena se tenho boas relações humanas. Se eu não consigo levar o exercício de empatia pra fora da minha vida, não sei…”.

Com as gravações terminando, Juliana já faz novos planos. Mas de férias!

“Estou uma caveira de tanto trabalhar. Vou viajar só em janeiro, quando meus filhos já estarão de férias. Em dezembro eu já volto ter vida normal, vou ao médico, dentista, resolver minhas coisas. Só não quero comer bolo, tô legal de bolo”, brincou.

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