Dívida de quatro anos pelo empréstimo de Denilson. Punição sem recurso. - Foto: Reprodução Twitter
O Cruzeiro perdeu o prazo para o pagamento da dívida na Fifa referente ao volante Denilson com o Al-Wahda, dos Emirados Árabes, e foi punido com a perda de seis pontos no Campeonato Brasileiro da Série B. A CBF cumpriu a determinação da Fifa e já comunicou a decisão à Federação Mineira de Futebol (FMF). As informações são de Metrópoles.
A desastrosa gestão Wagner Pires deixou mais de R$ 800 milhões em dívidas. A queda para a Série B custou uma drástica redução na cota de transmissão da Globo. Em vez dos R$ 70 milhões de 2019, o clube teve de optar entre a cota fixa de R$ 8 milhões ou a arrecadação no pay-per-view.
A previsão é de que o Cruzeiro alcance R$ 30 milhões no ppv. Só que, como Wagner Pires pediu emprestado R$ 70 milhões da emissora carioca em 2019, com as parcelas de 2020, a cota do time mineiro deve bater nos R$ 10 milhões.O que já era ruim ficou muito pior.
A CBF recebeu oficialmente a notificação da Fifa. O Cruzeiro vai começar a Série B com seis pontos negativos.
Pelo não pagamento de R$ 5 milhões ao Al-Wahda, da Arábia Saudita, referente ao empréstimo do volante Denilson, que jogou no clube no segundo semestre de 2016. Entrou em campo apenas cinco vezes, duas como titular. Estava se recuperando de contusão.
Se o Cruzeiro não pagar até outubro, a Fifa pode rebaixá-lo para a Série C, Terceira Divisão do Brasileiro.
Há ainda outro ‘detalhe’: há mais R$ 75 milhões em dívidas do clube na Fifa. Mais processos. O próximo a vencer é de R$ 5,6 milhões pelo atacante Willian Bigode, que foi comprado junto ao Metalist Kharkiv, da Ucrânia.
Como o clube faliu, a dívida ficou para o Zorya FC. O Cruzeiro tem até o dia 29 de maio para pagar mais esta dívida. Com a ameaça também da Série C se não depositar o dinheiro.
Seis pontos são muito importantes na Série B. A tabela de classicação da Segunda Divisão do Brasileiro de 2019 não deixa dúvidas.
“Vínhamos tentando um adiamento para o segundo semestre, mas os dirigentes do Al-Whada foram taxativos. Eles disseram que o processo corre há mais de quatro anos na Fifa e ninguém do Cruzeiro, nenhum dirigente neste período todo, procurou o Al-Whada para buscar um acordo.
“Eles disseram que se sentiram frustrados e descrentes, e que por isso não poderiam facilitar nada para o Cruzeiro neste momento. Nós explicamos a eles que o clube também foi uma vítima de tudo o que aconteceu nos últimos anos, que agora são outras pessoas que estão à frente da instituição, e que temos a total intenção de resolver.
“Já tínhamos tratativas avançadas desde a semana passada, e vamos fazer de tudo para evitar qualquer tipo de punição ao Cruzeiro”, explicou o CEO do Cruzeiro, Sandro González.
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