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O mundo dos eSports está se consolidando, sobretudo com competições cada vez maiores e bem organizadas. Isso acontece principalmente com o jogo Counter-Strike:Global Offensive, popularmente conhecido como CS:GO. O problema é que isso faz com que a competitividade também aumente, dificultando a vida das equipes brasileiras. Isso aconteceu com a FURIA, melhor equipe nacional da categoria, eliminada do mundial de CS:GO com três derrotas e nenhuma vitória.
Apesar do fracasso ser ruim, sobretudo para o cenário brasileiro de eSports, as competições cada vez maiores são um aspecto positivo. É a consolidação de um setor que vem crescendo de forma constante nos últimos anos. Atualmente, o mercado movimenta bilhões de dólares com várias empresas interessadas em investir nisso. O resultado são equipes cada vez mais competitivas, e com investimentos maiores. A própria FURIA é o resultado disso, sendo a melhor do Brasil no CS:GO.
No entanto, isso não foi o suficiente para garantir uma boa campanha no BLAST.tv Paris Major 2023, o torneio mundial da categoria. A equipe perdeu os três jogos que disputou e acabou eliminada na última posição. Um resultado que não condiz com o potencial do time, acostumado a chegar nas fases finais de todas as competições que entra. É uma prova que os adversários estão ficando mais complicados e competitivos, deixando o mundo dos eSports mais rico nos confrontos.
Agora, a equipe brasileira foca no resto da temporada, que continua com competições pelos próximos meses. Nos sites de cs:go bets, existe uma grande expectativa para a disputa da BLAST Premier World Final 2023, um dos torneios mais importantes de eSports. A FURIA ainda não tem vaga garantida em nenhum próximo torneio, mas deve voltar com força total para se recuperar do resultado ruim em Paris. Afinal, é assim que um time profissional lida com as derrotas.
Cenário brasileiro
Enquanto as competições de CS:GO ficam cada vez maiores no mundo, o crescimento aqui no Brasil ainda é tímido. O número de torneios até aumentou, assim como o de equipes, mas ainda é pouco para um país com tanto potencial nos eSports. Nos últimos anos, o público brasileiro ficou em terceiro lugar em audiência nas competições oficiais de jogos eletrônicos, perdendo apenas para os Estados Unidos e para a China. Ou seja, não faltam fãs para apoiar os times.
Aqui no Ceará, as equipes de eSports também são realidades, mesmo com investimentos menores. Por exemplo, até o ano de 2021, a equipe de futebol do Ceará Sporting Club contou com um setor dedicado ao mundo do CS:GO. Eles disputaram diferentes torneios, e conseguiram resultados interessantes. No entanto, a ideia acabou perdendo força e o time foi extinto. Reativar esse tipo de planejamento é necessário para mostrar que o cenário brasileiro pode melhorar.
Outra equipe de futebol que teve a mesma iniciativa foi o Icasa, mas com foco apenas nas franquias FIFA e eFootball PES, jogos eletrônicos de futebol. Infelizmente, o destino da equipe foi o mesmo do Ceará, encerrando as atividades no final de 2022. Ou seja, ainda existe muito a ser feito aqui no Brasil, sobretudo quando olhamos para o Nordeste. A FURIA é uma exceção, mas que serve de exemplo para todas as outras equipes que almejam destaque no mundo dos eSports.
Recorde em faturamento
Um dos motivos para o Brasil investir no mercado dos eSports é o potencial de faturamento. Algumas projeções apontam que em 2023 a receita do setor deve ultrapassar os US$ 200 bilhões. Um número que poucos setores conseguem alcançar, algo que foi potencializado com as pessoas ficando mais em casa. Ou seja, não estamos falando apenas de resultados esportivos, mas também de algo que tem um potencial econômico alto.
No entanto, para conseguir aproveitar isso, é preciso investir também. As equipes de eSports brasileiras precisam de mais estrutura, pois assim podem disputar mais títulos e alcançarem níveis mais altos. No CS:GO, a FURIA conseguiu isso com muita luta, e hoje é uma referência.
A expectativa é que isso aconteça no futuro, e as próximas competições de nível mundial contem com maior presença de times do Brasil. Só assim o país pode acompanhar o nível dos torneios atuais, e sonhar com títulos novamente.