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Ferroviário tenta otimizar contas para superar período sem receita
O presidente do clube, Newton Filho, esclarece que o clube deve buscar acordo com seu elenco e aguarda resposta da CBF quanto ao auxílio financeiro, fundamental para clube se manter em época difícil no futebol
Redação
Ferroviário vinha em boa fase no Estadual. Tubarão é líder da competição e já está classificado para a semifinal - Foto: Camila Lima / SVM

Um dos três grandes clubes do futebol cearense, o Ferroviário vive uma realidade diferente de Ceará e Fortaleza, em meio à pandemia de coronavírus que paralisou o futebol mundial. Diferente dos coirmãos da Capital, que estão melhores financeiramente por estarem na Série A do Brasileiro e concederam férias aos jogadores até o fim do mês, reduzindo seus salários em 25%, o clube coral busca alternativas para sua realidade. O presidente do clube, Newton Filho, esclareceu quais são as alternativas que o Tubarão irá buscar a partir desta semana.

Primeiro, o clube se reunirá com o elenco por videoconferência, visando entrar em um acordo, para redução salarial. Até então, o grupo vinha em atividade, em regime especial em suas residências, realizando atividades supervisionadas pela comissão técnica e nutrição.

“Os jogadores estão cumprindo em casa uma programação do departamento de futebol. A nutrição também está atenta, com um cronograma de alimentação. Tenho sempre conversado com eles, e na segunda-feira, teremos uma reunião por videoconferência para discutir o futuro. Vamos tentar fazer um acordo. Deixando claro que é um acordo dentro da realidade da Série C, diferente acordos que foram feitos pelos times das Séries A e B”, afirma Newton.

Por auxílio

Para honrar com os compromissos com os jogadores, o Tubarão da Barra aguarda uma definição da CBF quanto ao auxílio financeiro pedido pelos 20 clubes da Série C, de R$ 250 mil nos próximos 6 meses. Enquanto o auxílio da CBF não vem, Newton disse que o clube tem honrado os compromissos com ajuda de patrocinadores, gestores e o arrecadado pelo sócio-torcedor, que segundo ele, é uma grande fonte de renda coral.

“O Ferroviário vive de receitas de investidores, em torno de 50% das receitas, mas são pessoas que já participavam da vida ativa do clube. Também temos uma boa receita de sócio torcedor, tem sido uma receita importante e, claro, os patrocinadores”, explica.

O mandatário coral destacou também que o Ferroviário tem conseguido estar praticamente parado em suas atividades no clube, com apenas alguns funcionários realizando expediente em forma de rodízio, e concentrando esforços nas melhorias do gramado do estádio Elzir Cabral.

“Os funcionários estão trabalhando em rodízio, mas o clube está praticamente parado. Estamos aproveitando este momento também para dar uma melhorada no gramado do Elzir Cabral, considerando o hospital que foi feito no Presidente Vargas”, finaliza.

Antes da suspensão do Estadual, o Ferroviário era o líder da 2ª fase com 13 pontos em 6 jogos e já classificado para as semifinais. O clube ainda tem uma partida a realizar, contra o Caucaia, com objetivo de encerrar a fase na liderança e ter vantagens nas semifinais.

Sem receitas de jogos e sem cotas televisivas do Campeonato Brasileiro da Série C, o Ferroviário parte para tentar reduzir despesas para encarar momento de crise em virtude da paralisação contra a Covid-19
Receitas

R$ 250 mil (Pedido de ajuda)
Este é o montante mensal que os clubes da Série C solicitam à CBF para que o período sem jogos, consequentemente sem receitas, seja superado sem traumas

50% (Investimentos externos)
Das receitas do Ferrão, cerca de metade é oriunda de aportes de investidores externos no clube.

Diário do Nordeste

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