Na próxima sexta-feira (26), os Jogos Olímpicos de Paris serão abertos oficialmente com a cerimônia de abertura. Diferente das edições anteriores, a solenidade irá acontecer fora dos limites de um estádio. Os atletas olímpicos irão desfilar sobre as águas do rio Sena. Em cima de um barco, dois atletas irão guiar a delegação brasileira com o símbolo nacional: O canoísta Isaquias Queiroz e a capitã da seleção feminina de rugby de sete Raquel Kochhann serão o casal de porta-bandeiras do Brasil.
Campeão em Tóquio 2020 no C1 1000m, Isaquias é foi medalhista de prata, por duas vezes, e de bronze na Rio 2016. Em Paris, vai disputar o C1 1000m e o C2 500m e pode ser tornar o maior medalhista olímpico brasileiro caso chegue à soma de seis medalhas em três Olimpíadas, ultrapassando as cinco dos velejadores Torben Grael e Robert Scheidt.
Já para Raquel, a superação dos desafios vai muito além do que ela enfrenta em quadra. A capitã das Yaras descobriu um câncer de mama há pouco mais de dois anos. A atleta participou de duas olímpiadas, na Rio 2016 e em Tóquio 2020. Retirou-se do esporte, fez a cirurgia de mastectomia para retirada da mama e do tumor, passou por um longo tratamento oncológico. Sobreviveu e decidiu voltar ao rugby em busca de sua terceira Olimpíada.
“Eu devo ao esporte a recuperação do meu corpo durante esse tratamento, porque o que era pedido que eu fizesse eu fazia ao pé da letra e o resultado foi positivo. Então, isso também eu deixo de mensagem para quem passe por esse processo“, disse Raquel.
Para o presidente do COB, Paulo Wanderley, os porta-bandeiras de um país traduzem o espírito olímpico em suas várias versões.