O fim do Ciclo de Romarias é marcado por vários pontos de luz em trânsito pelas ruas de Juazeiro do Norte. Com velas ou candeeiros erguidos, mais de 85 mil fiéis católicos e curiosos participaram, neste 2 de fevereiro, da Procissão da Luz no festejo da Romaria de Nossa Senhora das Candeias de 2020.
Entre missas, cantos, choros e rezas, há uma infinidade de momentos que revelam a essência das romarias tanto para os romeiros, quanto para os juazeirenses. Você já se perguntou o porquê dessas pessoas serem fascinadas pela cidade? Ou até mesmo se há limites para a fé? Já parou para observar o que acontece fora da igreja enquanto a missa é celebrada na Capela do Socorro? E o carro-andor com a imagem da santa, já viu o que acontece com ele durante o percurso?
Nesta sessão de imagens registradas por Normando Sóracles, você verá cenas curiosas, que provavelmente nunca observou, e conhecerá personalidades de vários estados do Nordeste.
Porta velas, terço e lágrimas
A energia da romaria é inexplicável, alguns fieis se emocionam de tal forma que choram profundamente. Foi o caso dessa senhora, que impressionou o fotógrafo por não conter o choro durante a missa de encerramento.
Cabeça iluminada e equilibrada
Esta senhora se diferenciou dos demais. Colocou o candeeiro aceso, embrulhado em um saco plástico, acima do clássico chapéu de palha e desfilou todo o trajeto equilibrando a luz na cabeça. Será uma tendência para 2020?
Na igreja e no cemitério
Outro clássico é imagem da Capela do Socorro lotada na hora da missa. Mas essa aqui mostra o revés. Os romeiros se acomodam entre os túmulos do cemitério para acompanhar a celebração. Tudo para estar mais perto do Padre Cícero, sepultado na igreja.
4. Na moda
E no largo do socorro, o comércio. Enquanto o padre dá o sermão, alguns fiéis querem estar na moda. Os ambulantes dispõem várias peças jeans no chão e vendem baratinho.
Festa do comércio
Uma coisa que as romarias ensinaram aos comerciantes de Juazeiro foi a criatividade. Lanchonetes tradicionais se reinventam em trailers para atender o romeiro no ponto de fluxo e fazem sucesso.
“Para o ano”
Sorridentes, essas três pernambucanas já somam centenas de viagens ao Juazeiro. Estar na cidade significa cumprir uma missão e reabastecer o espírito com a fé. “Para o ano” elas voltam e repetem o ciclo.
A força é a oferta
Esse registro impressionou. O cordão de isolamento do carro-andor é segurado por homens e mulheres. Eles colocam o cordão na cintura e fazem um quadrilátero para garantir uma distância segura; é preciso percorrer o trajeto sem desfazer esse espaço. Enquanto os da frente esticam, os de trás precisam de força para segurar.
Obstáculos do altar
O carro-andor também encontra obstáculos. Uma árvore que não foi podada se atravessou com a estrutura e quase a impede de passar. Mas tudo foi resolvido prontamente pelos dirigentes do altar ambulante.
O traje
Esses dois senhores são de Monteiro, na Paraíba – terra do cantor Flávio José. Eles estavam vestidos idênticos, o que levou o fotógrafo imaginar que seriam gêmeos. Mas eles explicam. Aperta o play:
Parte do martírio
Neste ano foram mais de 80 mil pessoas na festa de Candeias. As ruas de Juazeiro já são estreitas, e com tanta gente assim, nem se fala. Mas tudo isso faz parte do sacrifício encarado pelo povo romeiro como necessário para alcançar suas graças.
Madson Vagner
