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Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), sob a coordenação da Fecomércio, trouxe dados atualizados sobre o endividamento e a confiança do consumidor em Fortaleza. Em janeiro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou 121,1 pontos, marcando uma leve queda de 1,2% em relação ao mês anterior (122,6 pontos). Apesar da redução, o índice ainda se mantém em um patamar otimista, refletindo uma visão positiva do futuro entre os consumidores.
O ICC é composto por dois principais indicadores: o Índice de Situação Presente (ISP) e o Índice de Expectativa Futura (IEF). O ISP mede como o consumidor avalia sua situação financeira e a economia no momento da pesquisa. Em janeiro, o ISP caiu para 116,2 pontos, uma queda de 1,9% em relação a dezembro, indicando uma leve diminuição na confiança sobre o presente. Já o IEF, que reflete as expectativas dos consumidores em relação ao futuro, recuou 0,8%, atingindo 124,3 pontos. Mesmo com essa redução, o IEF permanece elevado, indicando que a maioria dos consumidores acredita em uma melhora na situação econômica nos próximos meses.
Em relação ao endividamento, a pesquisa mostrou que 74,4% dos consumidores de Fortaleza estão com algum tipo de dívida. No entanto, a taxa de inadimplência apresentou uma leve queda, passando de 21,1% em dezembro para 20,6% em janeiro. Isso sugere uma leve melhora na capacidade de pagamento dos fortalezenses. O comprometimento da renda com dívidas também apresentou uma redução, passando de 43,9% para 43%, indicando um controle maior sobre as finanças.
O endividamento médio foi estimado em R$ 1.853, com prazo médio de 8 meses para o vencimento das dívidas. Apesar do aumento no número de endividados, muitos consumidores estão utilizando o crédito de forma planejada, principalmente para a compra de itens essenciais como alimentos e despesas com saúde.
Em termos de intenção de compra, 45,7% dos consumidores afirmaram ter planos de adquirir produtos no curto prazo, embora esse número tenha caído 1,8 pontos percentuais em comparação com 2024. Os itens mais procurados incluem vestuário, calçados e eletrodomésticos, refletindo o consumo voltado para necessidades imediatas.
No geral, 73,8% dos consumidores avaliam sua situação financeira atual como melhor ou muito melhor do que há um ano. Além disso, 83,5% esperam melhorias na economia nos próximos 12 meses, o que demonstra um otimismo em relação à recuperação econômica.