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Escrivão da Polícia Civil nega ter matado a tiros frentista em Juazeiro do Norte
Quatro dias após um homicídio em Juazeiro surgiu debate em torno do crime com a família apontando acusado e este se defendendo.
Demontier Tenório
Pedro Jorge nega envolvimento na morte de Lucas. (Foto: Reprodução)

Quatro dias após um homicídio em Juazeiro surgiu debate em torno do crime com a família apontando acusado e este se defendendo. Na noite da última quinta-feira (17) o frentista Lucas Matheus Amaro da Silva, de 26 anos, foi morto a tiros dentro do seu carro quando trafegava pela Rua Pedro Henrique de Souza no bairro Leandro Bezerra. O crime foi praticado por dois homens que fugiram numa moto Honda Bros de cor vermelha e a vítima residia no bairro Betolandia.

Desde dezembro que Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCOs) estão sendo feitos na Delegacia de Juazeiro e sendo protocolados no Juizado Especial Cível e Criminal. Nesses quatro procedimentos Lucas aparece ora como vítima ora como acusado de crimes de ameaças. O mesmo ocorre em relação ao escrivão da Polícia Civil Pedro Jorge Alves Silva, de 50 anos, demonstrando uma relação de conflitos entre os dois e envolvendo ainda o pai da vítima, Adalberto do Nascimento Silva

Este último, no final de semana, apontou o policial civil como o principal suspeito do assassinato do seu filho dizendo que eram ameaçados de morte por Pedro Jorge. Falou ainda sobre a tramitação de processos contra o escrivão na CGD (Corregedoria Geral de Disciplina) da Secretaria de Segurança Pública do Ceará acrescentando que o mesmo costuma ameaçar as pessoas. Adalberto clamou por justiça, disse temer por sua própria vida e está tendo que ficar “preso” dentro de casa.

Nesta segunda-feira, o policial civil Pedro Jorge gravou um vídeo e publicou nas redes sociais negando envolvimento na morte do frentista. Negou ainda afastamento de delegacias de cidades caririenses e observou ter sido punido pela CGD por conta do seu envolvimento na greve da sua categoria. Pedro Jorge falou ter 31 anos de polícia e está afastado por licença médica a seu pedido também negando usar psicotrópicos como chegou a ser sugerido na acusação.

O escrivão admitiu entreveros com a vítima e familiares seus e os acusou de ter desalojado uma mulher da casa dela no bairro Betolandia quando o próprio policial levou o caso à delegacia. Por fim, se colocou à disposição da polícia e da justiça no sentido de contribuir com as investigações e elucidar o assassinato do frentista. No ano de 2016, “Pedro Jorge Maravilha” foi candidato a vereador pelo PCdoB em Juazeiro e obteve 178 votos, caindo para 90 quatro anos depois.

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