Eldo namorava com Lucilene e é acusado de ter matado a mesma. (Foto: Reprodução)
Policiais civis da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Crato cumpriram mandado de prisão temporária que investiga um feminicídio. Por volta das 8 horas desta quarta-feira os investigadores estiveram na casa do autônomo Eldo Ferreira Lima, de 45 anos, na Rua São Benedito (Bairro Seminário) em Crato, e o prenderam. Ele foi submetido a exame cautelar na Perícia Forense de Juazeiro e recolhido à cadeia pública estando à disposição da justiça.
Ele é acusado de matar a ciclista Lucilene de Oliveira Silva, de 41 anos, cujo corpo foi encontrado no último dia 4 de outubro. Estava num matagal após o Rancho Girassol no Sítio Santo Antonio (Distrito de Santa Fé) na zona rural de Crato, onde ela residia ultimamente. A mesma estava desaparecida desde a noite de segunda-feira, dia 30 de setembro. Na época, o seu namorado Eldo disse que a deixou perto do Rancho Girassol na sua caminhonete D20.
Na carroceria do veículo estava a bicicleta de Lucilene que lhe foi entregue, ficando esta, como disse, a 2 Km de sua casa quando saiu pedalando. Ele falou ainda que, nos dias seguintes, tentou sem êxito contatos com a namorada. Na quarta-feira (02) foi à residência da mesma com populares e a mãe dela não sendo atendidos e nem a encontrando após o destelhamento do imóvel. Com isso, passaram a percorrer áreas próximas à procura de Lucilene.
O corpo foi encontrado por Eldo e um amigo já em avançado estado de decomposição em meio a um matagal a uma distância de 50 metros para a estrada. No primeiro depoimento, a polícia notou algumas contradições dele que é casado e tinha esse relacionamento extraconjugal há cinco anos com a vítima. Além disso, foi possível ver arranhões nos braços de Eldo o qual falou terem sido oriundos dos galhos em meio ao matagal na busca pela namorada.
Por isso, delegada Kamila Brito solicitou exame de corpo de delito no mesmo e, também requereu da Pefoce, exames nas unhas de Lucilene durante o exame cadavérico para ver se encontrava material suspeito a fim de ser feita a comparação. No mesmo exame o pedido de averiguação se Lucilene estava grávida. No local do achado do corpo, populares encontraram o celular da vítima quebrado e enterrado perto de um canivete o qual pode ter sido utilizado para cavar o chão. No aprofundamento das averiguações foi encontrada a bicicleta de Lucilene num matagal próximo.