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Os servidores da saúde do município de Abaiara estão sem receber seus salários desde dezembro de 2024. A denúncia foi feita ao Portal Miséria por funcionários efetivos do município. Eles relatam que, apesar dos atrasos nos pagamentos, continuam cumprindo suas cargas horárias. A atual gestão, do prefeito Ângelo Furtado, justificou os atrasos alegando a falta de recursos deixada pelo gestor anterior, de Afonso Tavares.
Quando ainda estava à frente da Prefeitura da cidade, em 2024, Afonso Tavares publicou em suas redes sociais que o pagamento da folha de dezembro dos funcionários da saúde seria feito no dia 30 de dezembro. Porém, de acordo com servidores da saúde, o dinheiro não caiu nas contas.
O atual prefeito, Ângelo, em vídeo divulgado no Instagram, informou que, ao assumir a gestão, encontrou uma dívida de aproximadamente R$ 274 mil e pouco mais de R$ 3 mil nas contas. Na publicação, pediu paciência e compreensão, alegando que está trabalhando para organizar a situação. “Estamos trabalhando junto à equipe para encontrar soluções que garantam que ninguém seja prejudicado”, disse.
Diante do caso, a gestão convocou uma reunião no dia 15 de janeiro com os servidores da saúde. Segundo relato dos profissionais, o município afirmou que não há recursos suficientes para efetuar o pagamento dos salários atrasados.
Porém, a explicação tem gerado críticas, por parte dos servidores, que apontam inconsistências no discurso de Furtado, já que ele ocupava o cargo de vice-prefeito na gestão passada e deveria saber da situação financeira do município. “Portanto, compartilha a responsabilidade pelo cenário atual”, pontuou uma profissional, que terá sua identidade preservada.
A administração também tem sido criticada pela adoção de novas medidas, como a implementação do ponto eletrônico para controle de frequência. “O foco deveria estar na regularização do pagamento dos servidores, que enfrentam atrasos e dificuldades financeiras”, complementou a servidora.
O atraso nos pagamentos, segundo os relatos, têm dificultado a atuação dos profissionais, pois alguns servidores não têm condições financeiras para custear transporte e alimentação.
O Portal Miséria tentou contatar Afonso Tavares, mas não obteve contato até o fechamento desta matéria.