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PF indicia Bolsonaro e outras 11 pessoas no caso das joias da Presidência da República
O ex-presidente foi indiciado por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Paulo Junior
Foto: Marcos Corrêa/PR

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O indiciamento ocorreu nessa quinta-feira (4) e leva em consideração o caso que apura se o ex-chefe do executivo nacional, e alguns de seus assessores, teriam se apropriado indevidamente de joias milionárias dadas ao país enquanto Bolsonaro era presidente.

Detalha-se que o político foi indiciado por peculato, que trata-se da apropriação de bens públicos, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O ex-presidente sempre negou as acusações. Frisa-se que um dos advogados do político disse que a defesa não iria se manifestar por não ter tido acesso ao documento da PF.

Outras 11 pessoas também constam na lista de indiciados pela PF. Destes, todos estão indiciados por associação criminosa, 7 por peculato, 9 por lavagem de dinheiro e 1 por exercício advocacia administrativa.

  • Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia de Bolsonaro (peculato e associação criminosa);
  • José Roberto Bueno Júnior, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia (peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro);
  • Julio César Vieira Gomes, auditor-fiscal e ex-secretário da Receita peculato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa);
  • Marcelo da Silva Vieira, chefe do gabinete de Documentação Histórica da Presidência da República no mandato de Bolsonaro (peculato e associação criminosa);
  • Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro (lavagem de dinheiro);
  • Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque (peculato e associação criminosa);
  • Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro);
  • Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-secretário de Comunicação (lavagem de dinheiro e associação criminosa);
  • Frederick Wassef, advogado do ex-presidente (lavagem de dinheiro e associação criminosa);
  • Mauro Cesar Lourena Cid, general da reserva do Exército (lavagem de dinheiro e associação criminosa);
  • Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro (lavagem de dinheiro e associação criminosa).

Destaca-se que no relatório final produzido pela PF não existe a solicitação de prisão de nenhum dos indiciados. Com os indiciamentos encerrados, a PF encaminhou os documentos para o relator da ação do âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). O responsável pelo acompanhamento desta investigação na corte é o ministro Alexandre de Moraes.

Moraes encaminhará os documentos para a Procuradoria Geral da República (PGR), que avaliará se há elementos suficientes para denunciar as pessoas listadas, ou se novas diligencias são necessárias.

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