“Miúda” foi assassinada em Araripe e “Neide” em Barbalha (Foto: Reprodução)
O mês de dezembro terminou com o registro de duas mulheres assassinadas na região do Cariri após um mês de novembro com três. Dessa forma, houve decréscimo de 50% em relação ao número de assassinatos contra pessoas do sexo feminino na comparação entre os últimos dois meses. Durante o ano foi uma em fevereiro, duas em março, cinco em abril, cinco em maio, quatro em junho, uma no mês de julho, outra em setembro, duas em outubro, três em novembro e duas no mês passado.
Com duas mulheres mortas no 12º mês do ano passado, representa acréscimo de 100% já que, em dezembro de 2023 apenas uma foi assassinada. No ano passado, foram 26 mulheres assassinadas em 12 municípios ou sete a mais (aumento de 37%) em relação a idêntico período de 2023 que teve 19. Juazeiro despontou com participação de 27% já que sete mulheres foram mortas no município, além de Crato, Nova Olinda e Barbalha (com 03 cada), Altaneira e Campos Sales (02 cada) e as demais em Antonina do Norte, Brejo Santo, Salitre, Lavras da Mangabeira, Mauriti e Araripe.
No dia 2 de dezembro Rita Vitoriano Lopes, de 45 anos, a “Miúda”, que residia na Estrada do Brejo perto da Capela do Bairro Sipauba ll em Araripe, foi morta a tiros durante bebedeira pelo companheiro José Nilton Higino Teles, de 56, o qual praticou o suicídio. Era mãe de cinco filhos de 3, 8, 11, 12 e 16 anos do relacionamento anterior. Zé Nilton respondia por violência doméstica e posse ilegal de arma de fogo e “Miúda” por abandono de incapaz e lesão corporal contra o ex-esposo Raimundo Almeida.
Já no dia 30 de dezembro Maria Claudeneide Graciano, de 47 anos, a “Neide” que residia na Rua Francisca das Chagas no Sítio Mata dos Dudas em Barbalha e era comerciante, morreu no Hospital São Vicente de Paulo. Ela não respondia procedimentos criminais e foi baleada em frente ao seu bar na Avenida Paulo Marques (Bairro Bulandeira) por dois homens que fugiram numa moto.